A atriz Luana Piovani se chocou ao descobrir que o filho, Dom, de 11 anos, estava buscando fuzis na internet. Em um live, feita na quarta-feira (15), a atriz contou que tem controle sobre o que os filhos fazem no computador e conversou com o menino sobre a busca.
“Tenho um aplicativo que controla o que eles olham na internet. Fui ver o que Dom estava pesquisando e vi que ele buscava sobre fuzil. Fui falar com o Dom, ele disse que é porque ele joga um jogo de matar e chegou um momento do jogo que ele precisasse sugerir algo que causasse dano”, disse.
Para Telma Abrahão, especialista em Neurociência do Desenvolvimento Infantil, a posição da Luana em monitorar o que os filhos estão vendo na internet está super correta.
“Os pais devem controlar o que seus filhos acessam, pois, as redes possuem muitos perigos para crianças e adolescentes. Além de acompanhar o tipo de programa que essas crianças assistem, em vez de usar punição quando algo desse tipo acontece, devem conversar com as crianças e treiná-las para o mundo, ensinando importantes habilidades de vida e em um caso como esse, explicar porque o uso de armas não deve ser algo normalizado”, diz a especialista.
Segundo Telma, a tecnologia precisa de limite e a criança não pode ter a liberdade de usar como quiser, por isso precisa de monitoramento. “Não devemos criar nossos filhos dentro de uma caixa, blindando-os dos problemas do mundo, mas precisamos conversar com eles sobre as questões que são importantes, como falar sobre drogas, sobre prevenção de abuso sexual, uso de armas. Esses temas precisam ser abordados para que a criança receba orientação e saiba se proteger diante desses casos que podem acontecer fora de casa, quando os pais não estão presentes.”
Para Telma, a violência está em todos os lugares, como nos desenhos, nos filmes e não tem como pouparmos nossos filhos disso, mas devemos controlar o acesso e também falar sobre esse assunto.
“Jogos de vídeo game em que tem armas, pode fazer com que a criança normalize o uso de armas, pois ela está em construção e ainda não tem repertório de vida suficiente pra se questionar sobre o certo, sobre o errado. Isso é o pai, a mãe e as relações do dia a dia que vai construindo, que vai moldando, que vai ensinando”, analisa.
Então, segundo Telma, é importante que, além de acompanhar, é também estar aberto para conversar com os filhos, em vez de pôr de castigo e brigar, em vez de bater, procure entender o que está passando na cabeça do seu filho e explique sobre o que aquilo realmente é e quais os riscos pode trazer.
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Fonte: Mulher