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Metas de Ano Novo: só 8% das pessoas conseguem atingir seus objetivos

Divulgação Metas de Ano Novo: só 8% das pessoas conseguem atingir seus objetivos
Divulgação Metas de Ano Novo: só 8% das pessoas conseguem atingir seus objetivos


Todo fim e começo de ano é assim: hora de fazer planos para os próximos 365 dias. “Trabalhar menos, praticar atividade física, viajar mais, mudar de emprego, visitar a família, engravidar, comprar uma casa ou comer melhor.” As resoluções de Ano Novo são as mais variadas, mas quase ninguém consegue cumprir a lista à risca.

Um estudo da Universidade de Scranton, na Pensilvânia (Estados Unidos), mostra que apenas 8% das pessoas conseguem atingir seus objetivos antes que um novo ano recomece. Então, se quase nunca cumprimos o planejamento, por que continuamos insistindo nisso?

A psicóloga Daniela Jungles, mestre em Ciências da Educação pela Université de Sherbrooke, no Canadá, explica que a dificuldade em realizar as metas não é motivo para desistir delas. O ritual de fazer planos é saudável.

“O Réveillon, assim como o Natal ou o nosso aniversário, são datas ritualizadas. Essas datas nos encorajam a pensar sobre o que aconteceu entre os dois prazos. Todos nós fazemos um balanço do ano passado e dizemos a nós mesmos que faremos diferente e melhor nos próximos meses”, diz a professora do curso de Psicologia e supervisora da clínica-escola do UniCuritiba – instituição que faz parte da Ânima Educação, um dos maiores ecossistemas de ensino superior do país.

Daniela lembra que os seres humanos são naturalmente impulsionados por um ocasional excesso de motivação às vésperas de um novo ano, de um aniversário ou mesmo de uma simples segunda-feira. “Os objetivos ou resoluções pessoais se apresentam como uma porta de entrada para virar a página do passado e começar um futuro melhor. Por isso, todo dia 1º de janeiro é a mesma coisa: fazemos planos e metas que, na grande maioria das vezes, nunca iremos realizar.”

Isso significa que devemos desistir de estabelecer metas? A psicóloga garante que não. Segundo a professora do UniCuritiba, fazer resoluções é uma abordagem que permanece positiva, mesmo para aquelas pessoas que atingem apenas 1% de seus objetivos. “Ter metas permite que todos canalizem a ansiedade gerada pelo início de um novo ciclo. Significa também manter a vontade de agir e avançar, projetando o futuro e estabelecendo prioridades. Isso nos faz sentir vivos.”

Já lidar com as metas não realizadas pode ser desafiador, alerta a especialista. A sugestão é aproveitar a oportunidade para aprendizado e crescimento. Para ajudar os 82% de pessoas que não conseguem cumprir seus planos de ano novo, Daniela Jungles tem algumas dicas.

1. Reflita, análise e ajuste as expectativas

Faça uma análise honesta e objetiva dos motivos que impediram o cumprimento das metas. Talvez elas estivessem além do alcance realista ou tenham sido mal formuladas.

2. Seja o mais objetivo possível

Quanto mais clara for a visualização do objetivo e do caminho a percorrer, mais facilmente o hábito poderá se ancorar no dia a dia. Não diga apenas: “voltar a praticar um esporte”. Detalhe a meta: Qual esporte? Qual frequência? Qual dieta para ajudar na atividade física escolhida?

3. Crie metas de curto prazo

Os objetivos grandiosos e de longo prazo são mais difíceis de serem alcançados. Em contrapartida, os pequenos planos, de curto prazo, serão mais fáceis e farão de cada sucesso um impulso adicional de autoconfiança e vontade de continuar.

4. Celebre cada progresso

Reconheça e comemore as pequenas conquistas e os progressos que você fez durante o período estimado para suas metas. Valorize o esforço e o trabalho realizados, mesmo que você não atinja completamente o objetivo final.

5. Aprenda com os erros e estabeleça novas metas realistas

Use suas experiências passadas para definir novas metas realistas e específicas para o ano. Divida as metas em etapas menores e crie um plano detalhado para alcançá-las.

6. Tenha poucas resoluções

Definir poucas resoluções é a melhor estratégia a adotar. É impossível mudar seu estilo de vida de A a Z com um estalar de dedos. Este processo não pode ser encarado como uma mudança radical de hábitos de vida, mas, sim, deve ser feito por etapas e aos poucos. Um passo de cada vez!

7. Busque apoio

Compartilhe suas metas com amigos, familiares ou um mentor. Ter um sistema de apoio é encorajador e motivador. Também é possível compreender e corrigir comportamentos como preguiça, impulsividade ou procrastinação com o suporte de um psicólogo.

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Fonte: Mulher