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Mulheres ao volante são minoria nos acidentes, diz Entrevias

Mulheres ao volante são minoria nos acidentes, diz Entrevias

As mulheres ao volante causam menos acidentes nas rodovias administradas pela Entrevias Concessionária de Rodovias, nas regiões de Marília e Ribeirão Preto. Elas representam 17% do total de condutores envolvidos em ocorrências em 2018, conforme levantamento do Centro de Controle de Operações (CCO).

No período, foram registrados 447 acidentes com vítima no sistema rodoviário Entrevias, dos quais 77 tinham mulheres ao volante. O balanço compreende atendimentos prestados nas rodovias SP-330; SP-322, SP-328; SP-351; SP-333; SP-294 e SP-266.

Dos 23 acidentes com óbito ocorridos em igual período, um deles tinha pessoa do sexo feminino na condução do veículo, equivalente a 4,3%. Se considerado o mesmo cenário no trânsito das cidades das macrorregiões de Marília e Ribeirão Preto, conforme estatísticas do Infosiga-SP, o índice no sistema Entrevias é 8,7% inferior:  29 dos 220 acidentes com morte registrados no ano passado (13%) envolveram mulheres ao volante.

“Os números enaltecem a prudência de condutoras nas rodovias administradas pela Entrevias e nas regiões onde a concessionária atua. E na semana em que comemoramos o Dia Internacional da Mulher, agradecemos as motoristas que circulam por nossas rodovias por sua contribuição para um trânsito mais seguro. O trânsito, como sempre reforçamos nas ações de conscientização aos motoristas desenvolvidas com o apoio da ARTESP [Agência Reguladora de Transportes do Estado de São Paulo], é para todos. Indistintamente de sexo, o compartilhamento harmônico das vias é fundamental para a preservação de vidas”, afirma o gerente de operações da Entrevias, Jorge Baracho.

Comportamento

Estudo do Observatório Nacional de Segurança Viária, com base em dados do Datasus (Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde) e da Susep (Superintendência de Seguros Privados) reforça que mulheres estão menos expostas a riscos no trânsito, seja pelo tempo em que permanecem no trânsito ou a distância percorrida.

Entre os fatores que distinguem a acidentalidade por sexo são apontadas influências como o nível de exposição ao risco, grau de agressividade, que envolve a velocidade do veículo acidentado, e a percepção do ambiente à sua volta. Especificamente com relação às rodovias, duas condições expõem mais homens que mulheres a acidentes. Uma delas é o ambiente de exposição. Motoristas do sexo masculino dirigem mais em rodovias, enquanto as condutoras realizam trajetos mais curtos. Por último, o propósito de viagem, avalia que homens fazem mais viagens de trabalho e utilizam estradas em diferentes horários.

A Abramet (Associação Brasileira de Medicina no Tráfego) explica cientificamente a razão de condutoras terem menor predisposição a acidentes no trânsito. Em relação ao homem, a sintonia entre os hemisférios do cérebro – o lado direito é o da emoção e o esquerdo, da razão – é maior na mulher.  Desta forma, há uma compensação na tomada de decisões ao volante. O estudo conclui que o reflexo da maior segurança da mulher ao volante está condicionado a comportamentos como cautela, paciência, tolerância e prática da direção defensiva.