Uma nova categoria de cosméticos vem ganhando força, chamados de neurocosméticos. A questão é que as camadas superficiais da pele possuem receptores sensoriais, capazes de reconhecer o toque e a temperatura. O uso de uma máscara facial por si só já é algo relaxante, mas essas novas opções são capazes de atingir a conexão cérebro-pele, podendo proporcionar um bem-estar geral.
Os ativos usados nesses produtos geram sensações de resfriamento ou aquecimento, quando massageados na pele podendo durar algumas horas o efeito. Um bom exemplo é um picolé de gelo facial que ficou em alta com a hashtag #cryofacial, com mais de 11 milhões de visualizações no TikTOk.
Há ainda produtos usados via oral para cuidados com a pele, que contém ingredientes que ajudam a regular o humor, à base da planta Griffonia simplicifoli, rica no aminoácido 5-HTP, que ajuda no tratamento da ansiedade e da depressão, quando usado via oral.
A dermatologista Larissa Oliveira, da clínica Les Peaux, comenta se realmente esses tipos de produtos de uso tópico e oral possuem eficácia no que se propõe a fazer, em termos da conexão cérebro-pele, podendo proporcionar um bem-estar geral.
1 – Quais os principais ativos usados nestes tipos de produtos que priorizam estimular a conexão cérebro-pele, promovendo um bem-estar geral?
Atualmente, diversas substâncias como Endorphin, Neuroxyl, Matrixyl, Argireline Sensactive VEG, DMAE, Sepicalm S e outras compõem os neurocosméticos.
Dentre os ativos ação neurossensorial mais estudados estão a Endorphin®️ (que estimula a produção de β-endorfina) e neuroprotetora, como o Neuroxyl®️ (que repõe os neuropeptídeos, atuando no sistema neuronal da pele).
Os ativos são criados a partir de ingredientes naturais, como pimenta-do-monge e polifenóis do cacau, acerola, café, peptídeos naturais extraídos do hibisco, trigo e aveia.
Alguns óleos essenciais, como lavanda, cacau e chá verde também possuem ação neurocosmetica.
2 – Há evidências que comprovem os benefícios do uso destes produtos, seja por via oral ou tópica?
Os neurocosméticos são produtos que contém substâncias que ativam os neurotransmissores e neuromediadores da pele.
Uma vez que a pele tem receptores de neurotransmissores significa que ela pode captar substância que, até recentemente, acreditava-se só agir no sistema nervoso, a exemplo da própria endorfina.
Como os demais, os neurocosméticos podem ser vistos como soluções estéticas (como redução da acne, linhas finas, manchas, queda capilar e aumento da luminosidade e radiância da pele), mas eles vão além e seus benefícios incluem aumento da sensação de bem-estar, relaxamento, felicidade e autoestima.
3 –Há riscos para o uso destas substâncias, muitas vezes propagandas em mídias sociais, como Tik Tok, e que viralizam de forma avassaladora?
Como os demais dermocosméticos, o uso dos Neurocosméticos, requer orientação médica para correta indicação e manejo de efeitos adversos como alergias/intoxicação.
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Fonte: Mulher