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Pam Stracke: Como evitar retrocessos no avanço feminino no corporativo

FreePik Como evitar retrocessos no avanço feminino no universo corporativo
FreePik Como evitar retrocessos no avanço feminino no universo corporativo


Dados mostram que mulheres representam 38% dos cargos de liderança no Brasil. Mesmo que pareça pouco, há um avanço, em 2019, esse índice era de 25%. Como consultora de inovação e solução para problemas complexos com foco em humanização, diversidade e sustentabilidade, acredito que gestores e empresas precisam ter consciência que para qualquer mudança é necessário investir tempo e dinheiro.

Para manter e/ou crescer a presença feminina e igualitária no mundo corporativo é preciso envolvimento não só do setor de recursos humanos/gestão de pessoas, mas também da diretoria, das lideranças e conselhos, engajados com a causa. Não existe uma fórmula mágica, são necessárias diversas ações e ferramentas e o engajamento de todos os colaboradores para ter resultados expressivos.

Para que o avanço feminino no universo corporativo continue, há algumas iniciativas que inspiram e ajudam empresas a seguirem com suas jornadas no crescimento da presença mulher no mercado de trabalho e em cargos de liderança.

A primeira delas é a flexibilidade entre trabalho e vida pessoal. O capital humano é fundamental para o crescimento econômico dos negócios e o talento feminino também faz parte disso. Tornar o ambiente mais saudável com iniciativas para que mulheres permaneçam no mercado de trabalho é mais que necessário. Por isso, mais que atrair talentos, é preciso mantê-los. Assim, alguns caminhos a serem seguidos são: pensar e desenvolver políticas com jornadas flexíveis, benefícios exclusivos para mães e cuidadoras, licença maternidade adequada, ações que envolvam a parentalidade, entre outras.

Já a segunda é a criação de cultura inclusiva, com iniciativas de definição de diversidade e inclusão da empresa, com metas alcançáveis, bem como a comunicação clara para os colaboradores ajudam a ter um plano de ação com atividades que possam ser executadas. Contar com um time ou líder de diversidade e inclusão para conduzir a estratégia mostra a maturidade das empresas, que veem este ativo como um diferencial e que valoriza seus negócios pela diversidade.

E por fim, a adoção de novas práticas de trabalho. Mesmo que muitas empresas estejam voltando com o presencial, o uso de novas práticas de trabalho, até mesmo como a semana de quatro dias, em teste aqui no Brasil, são alternativas que colaboram com a flexibilidade da jornada de trabalho.

Por isso, implementar um formato de trabalho virtual e flexível de longo prazo ainda segue sendo uma alternativa, pois isso colabora muito com a flexibilização entre a vida pessoal e o trabalho. Ter a possibilidade de adaptar os modelos de trabalho aos colaboradores de modo individual, torna mais fácil e atraente para eles permanecerem nos atuais empregos à medida que as prioridades de vida mudam.

Fonte: Mulher