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Pilates para gestante ajuda em fases da gravidez, parto e pós-parto

FreePik Pilates para gestante pode ajudar em fases da gravidez, parto e pós-parto
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Nos últimos anos, muito tem se falado sobre o pilates, uma modalidade que ganha praticantes novos a cada dia. De acordo com uma pesquisa realizada pela plataforma fitness Tecnofit, em 2022, atividades desse tipo apresentaram um crescimento de 25,17% no número de adeptos em relação ao ano anterior.

O aumento da adesão por essa prática esportiva tem relação com os benefícios que ela pode proporcionar à saúde. Na gravidez, por exemplo, o pilates pode ser um grande aliado das gestantes na preparação para o parto e também na recuperação pós-parto.

Desde 1990, o American College of Obstetricians and Gynecologist (ACOG) estimula o pilates durante a gestação. Em 2022, a prática foi reconhecida como uma atividade segura para todas as gestantes saudáveis. No entanto, é sempre importante ressaltar que o médico que acompanha a gravidez deve ser consultado para orientar em relação à intensidade e à frequência das aulas.

O que é pilates?

Pilates é um método de exercícios físicos desenvolvido pelo inventor alemão Joseph Pilates na década de 1920. A modalidade, que tinha como objetivo trabalhar uma conexão entre o corpo e a mente, tem raízes da Primeira Guerra Mundial. Inicialmente, os exercícios serviam para auxiliar os internados em campos de prisioneiros a manter a saúde física e mental equilibrada.

O pilates reúne elementos de ioga, ginástica, dança e artes maciais para proporcionar uma melhora na respiração, força, controle e concentração. Ao longo dos anos, desde a sua criação, a modalidade foi se adaptando e dando origem a diferentes tipos, como clássico, contemporâneo e solo.

Cada uma dessas vertentes possui características próprias, mas todas mantém a essência original que oferece diferentes benefícios à saúde de pessoas de todas as idades e etapas de vida, incluindo gestantes.

A modalidade pode ser encontrada em estúdios especializados, academias e espaços de fisioterapia. Para a prática do pilates, é recomendado que as mulheres grávidas usem roupas confortáveis como calça legging, top feminino para a sustentação dos seios e camisetas próprias para atividade física.

Benefícios do pilates na gestação

Durante a gestação, o corpo da mulher passa por diferentes mudanças que começam nas primeiras semanas e prosseguem até o término. Nesse período, é comum que muitas gestantes apresentem sintomas e desconforto que, segundo estudos acadêmicos, podem ser sanados com a adoção do pilates no dia a dia.

De acordo com a pesquisa “Método pilates aplicado ao período gestacional: seus benefícios para o parto natural”, conduzida no Centro Universitário da Amazônia e na Universidade do Estado do Pará, o diafragma é um dos músculos respiratórios mais impactados com o crescimento do feto e a prática do pilates pode proporcionar conforto ao órgão em toda a gestação. Além do bem-estar, a modalidade auxilia no controle de alterações emocionais.

A pesquisa destaca que os exercícios podem promover um apoio na redução da dor causada pelas alterações fisiológicas da gravidez e possibilitar a ativação de assoalho pélvico e o fortalecimento abdômen, partes do corpo de extrema importância na fase de expulsão do parto e também na rápida recuperação da musculatura abdominal.

O estudo aponta ainda que os exercícios do pilates podem melhorar a circulação sanguínea, principalmente no abdome, aspecto vantajoso para que a mãe tenha um pós-parto tranquilo.

Pilates para cada fase da gravidez

Segundo um artigo científico defendido no curso de educação física da Universidade Católica de Brasília, a modalidade é um programa de exercícios físicos seguro e eficaz para todo o período da gravidez, podendo promover benefícios à postura, diminuição das dores lombares, melhora na circulação e na respiração.

O estudo aponta que o pilates pode ser conduzido de forma diferenciada em cada trimestre gestacional. No primeiro trimestre, a recomendação é optar por exercícios de pouca carga, evitar trabalhos abdominais excêntricos e priorizar exercícios leves e globais.

No segundo trimestre, a pesquisa reforça a importância de evitar alongamentos excessivos, priorizar cadeias musculares de fortalecimento para adaptação da biomecânica gestacional, enfatizar exercícios para contração do transverso abdominal e inserir os exercícios voluntários do assoalho pélvico.

Já no terceiro trimestre, a orientação é aumentar a carga nos exercícios para os membros superiores, priorizar exercícios para mobilização da pelve e evitar sincronizar a contração abdominal com a contração do assoalho pélvico.

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Fonte: Mulher