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Pode trocar o silicone durante o período de amamentação?

 

Viviane Araújo compartilhou com seus seguidores, na terça-feira (30/5) a informação de que iria se submeter a duas cirurgias de uma vez. Ela contou que ia fazer uma lipoaspiração e trocar as próteses de silicone dos seios . Viviane é mãe de Joaquim, que está com oito meses, e a notícia do procedimento levantou dúvidas sobre a realização de cirurgia mamária durante ou logo após o período de amamentação.

Segundo Wendell Uguetto, cirurgião plastico da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e do Hospital Albert Einstein, quando a paciente está amamentando, não se pode fazer cirurgias mamárias estéticas, porque os próprios duetos mamários seccionados durante a cirurgia são meio de infecção.

“Paciente que está amamentando não pode fazer cirurgia mamária. A gente pede de três a seis meses do paciente cessar a amamentação para depois fazer uma cirurgia nas mamas.”

Quais as implicações de fazer amamentando? “É isso, o ducto mamário seccionado vai extravazar leite, e esse leite é meio de infecção, então se tem um risco muito grande de infecção.”

Em relação ao pós-operatório da cirurgia de mama, o médico ressalta que o paciente precisa fazer um repouso, não pegar peso, não levantar os braços, não se esforçar, para não abrir ponto, não fazer hematoma, sangramento, e tudo mais.

“Sobre o pós-operatório a gente tem de ver que tipo de cirugia foi feita. Uma cirurgia de inclusão simples de prótese de silicone, sem retirada de pele, ela é totalmente diferente de uma cirurgia em que eu coloco o silicone e faço apixia, que é a retirada de pele e levantamento das mamas”, explica.

“Quando eu faço a colocação simples de um silicone, a recuperação é muito mais rápida, e consigo liberar o paciente muito mais rapidamente para atividade. Hoje em dia tem uma técnica, que a gente chama de R24R, que a gente consegue liberar o paciente para dirigir, levantar o braço, muito precocemente. Quando o paciente tira a pele e tem aquelas cicatrizes em T na mama, a gente não pode liberar esse paciente tão precocemente porque a gente tem muito risco de complicação referente a esses pontos recentes, então pode abrir muito ponto, pode fazer o que a gente chama de deiscência, infecção na ferida e às vezes até perder essa prótese. Quando o paciente retira a pele a gente é muito mais restritivo no pós-operatório, a gente pede muito mais cautela”, alerta Uguetto.

 

Fonte: Mulher