Um estudo publicado na revista Plastic & Reconstructive Surgery, da Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos, revelou que as fotos tiradas pelas câmeras frontais dos celulares podem alterar a aparência real das pessoas, fazendo com que o nariz pareça maior em até 6,5%. Assim, as fotos de smartphones estariam entre os principais motivadores da busca de jovens por procedimentos estéticos no nariz, como cirurgias plásticas de rinoplastia, ou mesmo os procedimentos de rinomodelação.
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“Acaba que a imagem percebida em fotos envolve uma série de fatores que distorcem a realidade, como ângulo e iluminação, então, muitas vezes, o jovem vai olhar para uma selfie e achar que seu nariz está maior do que realmente está”, o médico dermatologista membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Lucas Miranda, que dá aulas da técnica de rinomodelação para outros médicos.
Lucas Miranda destaca a importância de ter cautela ao utilizar as selfies como referência para avaliar a necessidade de uma alteração estética. Segundo o especialista, cada pessoa é única, com características faciais individuais, e a rinoplastia, ou mesmo a rinomodelação, que é um procedimento menos invasivo, só devem ser realizadas com indicação real e após uma avaliação adequada por um especialista devidamente capacitado.
Ele adverte ainda que não se deve buscar um nariz idêntico ao de figuras públicas, como influenciadores ou artistas, justamente devido à importância de se respeitar as características individuais para se ter um resultado satisfatório com o procedimento escolhido, quando indicado. “Essa busca por chegar a um determinado ideal, seja inspirado em figuras públicas ou até em filtros de imagem dos aplicativos pode inclusive alimentar distúrbios de imagem não diagnosticados e apenas traz insatisfações no futuro”, pontua ele.
Segundo o especialista, para garantir resultados satisfatórios e preservar a harmonia facial, é essencial escolher um dermatologista que tenha experiência e capacitação adequada para realizar uma rinomodelação, ou um cirurgião plástico, em caso de indicação cirúrgica. “O profissional deve realizar uma análise minuciosa do rosto da paciente e determinar se o procedimento é indicado ou não”.
“O procedimento de rinomodelação, de maneira geral, é rápido e pode ser concluído em uma única sessão, geralmente durando cerca de uma hora. É realizado com anestesia local e não requer internação hospitalar. Os pacientes podem retornar para casa logo após o procedimento”, explica Lucas Miranda.
Quanto à indicação da rinomodelação, é recomendado que seja feita a partir dos 18 anos, uma vez que nessa idade as estruturas faciais já estão completamente desenvolvidas. Além disso, é necessária a avaliação do médico dermatologista devidamente capacitado na técnica para checar se há mesmo indicação para o procedimento.
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“A rinomodelação pode ser indicada para pessoas que desejam melhorar aspectos estéticos do nariz, como correção de pequenas assimetrias ou desproporções. Também pode ser uma opção para aqueles que desejam suavizar rugas nasogenianas (conhecidas como “bigode chinês”) ou elevar a ponta do nariz. É importante ressaltar que a rinomodelação não é recomendada para corrigir deformidades severas ou problemas respiratórios”, explica Lucas.
Lucas Miranda destaca a importância de avaliar cada caso individualmente, levando em consideração as demandas e expectativas do paciente. “O papel do dermatologista é orientar e garantir que o procedimento seja seguro e adequado às necessidades do paciente, visando a harmonia estética do rosto. É fundamental que o paciente entenda os resultados esperados e esteja ciente de que a rinomodelação não é permanente, podendo ser necessárias sessões de manutenção ao longo do tempo”, finaliza ele.
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Fonte: Mulher
