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Sustentabilidade dá o tom em joias, moda e arte

Reprodução/Instagram Zarpellon: edição limitada e autoral de peças desenvolvidas tendo como base tampinhas PET, plásticos e sacolas
Reprodução/Instagram Zarpellon: edição limitada e autoral de peças desenvolvidas tendo como base tampinhas PET, plásticos e sacolas


“Quando partimos do resíduo e o transformamos em joia, a moda ganha ares mais nobres e faz com que todos nós possamos respirar mais saudáveis e conscientes”, explica o empresário paranaense Guilherme Zarpellon, que acaba de lançar um movimento que alia sustentabilidade, arte e moda.

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Ele encabeça o Movimento Re/Torne, baseado em objetivos para o crescimento e a continuidade deste tipo de iniciativas que se adaptem às necessidades ambientais e de consumo. A ideia é também fomentar o empreendedorismo feminino e a valorização da arte no segmento de joias e semijoias. Para isso, Zarpellon traz uma collab inédita com a artista plástica, também paranaense, Anna Boechat, da Idodesign, em uma edição limitada e autoral de peças desenvolvidas tendo como base tampinhas PET, plásticos e sacolas, com acabamentos banhados a ouro.

“Estamos assim semeando um tema de grande relevância na atualidade, que deve ser cada vez mais incorporado no desenvolvimento de produtos”, diz Zarpellon.

O empresário não está sozinho na busca pela sustentabilidade. Também no setor de joalheria se destaca o trabalho de Marcia Campetti – arquiteta e ceramista, com especialização em gestão de tendências pela PUC e diretora do Estúdio Campetti. Do contato direto e produtivo com o design e as artes surgiu o interesse pela cerâmica.

O que começou como uma aventura escultórica tomou forma e espaço maiores na trajetória da arquiteta, que por fim encontrou na técnica seu maior meio de expressão. Sem uso de moldes prontos, toda a forma é projetada e concebida manualmente, da arquitetura trás consigo a experiência de projetar, prever e construir e da argila a sabedoria de confiar nas ações inerentes ao material, no processo de secagem e queima, a ganhar sua forma e personalidade final.

Os metais que estruturam as peças são compostos de ródio negro e ouro 18k de alta qualidade e o resultado das cores nas peças vem do revestimento de vidrados e óxidos a altas temperaturas. O processo de criação é delicado e adere a cultura slow. A expressão da tectônica está estampada nas peças, em forma de arte sensorial e cada peça é única.

Já a designer de moda Alessandra Ribeiro cria coleção como os os tecidos sustentáveis à base de garrafa PET da Empresa Paulista – Eco Simple – com show room na Alameda Gabriel monteiro da Silva 264, em São Paulo. Os tecidos ganharam fama rapidamente, pois em sua composição possuem o pet reciclado. O processo de produção envolve as seguintes etapas:

As garrafas são trituradas em pequenos fragmentos, conhecidos como “flakes”. Isso ajuda a reduzir o volume das garrafas e prepará-las para o próximo estágio que é a produção do fio do tecido. Fiação e tecelagem: Os grânulos de plástico reciclado são transformados em fibras e, em seguida, são fiados e tecidos para criar tecidos e diferentes técnicas de tecelagem podem ser utilizadas.

Famoso por seu trabalho com recicláveis, Nido Campolongo assina o projeto Espiral – obra de arte instalada na rampa de acesso do Conjunto Nacional, na Avenida Paulista, em São Paulo e foi concebido para provocar o “re-uso”, termo que refere-se ao processo de modificar ou atualizar a função de um material descartado ou inutilizado. O Re-uso pode ser aplicado a diferentes áreas, como design de produtos, design de moda,design de interiores, entre outros. Nesta obra os artistas podemos ver diferentes materiais utilizados no conteúdo Arte e decoração.

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Nido Campolongo se tornou conhecido por ser mestre em reciclar, mais tarde ficou expert em reutilizar e deslocar funções. Ou seja, para ele um simples tubo de papelão não serve apenas para enrolar linha ou papel, nas mãos do artista pode virar base de mesa, estantes e até esculturas de parede.


Fonte: Mulher