A vacinação contra o HPV é fundamental na defesa da saúde, não apenas das mulheres, mas também dos homens. Enquanto muito se discute sobre a relação do papilomavírus humano com o câncer de colo de útero , poucos reconhecem que a infecção pode desencadear diversos tipos de câncer em ambos os sexos.
Neste contexto, a queda na adesão à vacinação se torna uma preocupação, especialmente quando consideramos a crescente incidência de cânceres relacionados ao HPV. Entenda por que a vacinação é importante para todos e como ela pode ser a chave para prevenir complicações sérias.
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Mas o que é HPV?
O papilomavírus humano (HPV) é um grupo de mais de 200 vírus relacionados, com transmissão principalmente por meio do contato pele a pele e atividade sexual , incluindo sexo vaginal, anal e oral. Dos diversos tipos, alguns são classificados como de baixo risco, causadores de verrugas genitais, enquanto outros são de alto risco, podendo levar ao desenvolvimento de câncer, especialmente do colo de útero.
Segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a infecção pelo HPV é a mais frequente no mundo inteiro e uma pessoa tem até 80% de chance de ter contato com o vírus durante a vida, muitas vezes sem manifestar sintomas.
Quais são os riscos e sintomas do HPV?
Embora muitas infecções pelo HPV se resolvam espontaneamente, alguns tipos de alto risco podem persistir, levando a lesões pré-cancerosas e até mesmo câncer. O vírus pode causar câncer de vulva, vagina, pênis, ânus, cabeça, pescoço e orofaringe, afetando mulheres e homens.
A vacinação é muito importante
A vacinação é uma ferramenta crucial na prevenção do câncer relacionado ao HPV . Existem três vacinas disponíveis, protegendo contra as cepas 16 e 18, responsáveis pela maioria dos cânceres. A vacinação é mais eficaz quando administrada entre 9 e 14 anos, antes do início da atividade sexual. No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece a vacina quadrivalente (indicada para mulheres entre 9 e 45 anos e homens entre 9 e 26 anos) desde 2014 , mas a cobertura vacinal tem enfrentado quedas preocupantes nos últimos anos.
Meninos também podem ser vacinados para se protegerem contra os riscos, contribuindo para a redução da transmissão do vírus.
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Infelizmente, a adesão à vacinação contra o HPV não atinge as metas estabelecidas pelo Ministério da Saúde no Brasil. Quedas na cobertura vacinal representam uma ameaça real à saúde dos jovens, aumentando os riscos de infecção e cânceres que poderiam ser evitados. A meta é alcançar uma cobertura vacinal de 90% entre meninas até 15 anos, além de fortalecer o rastreamento e tratamento de lesões pré-cancerosas.
A vacinação contra o HPV é uma peça-chave na prevenção do câncer e na promoção da saúde para todos, independentemente do gênero. É essencial conscientizar sobre os riscos associados à infecção pelo HPV e entender que eles podem ser evitados com uma simples, mas poderosa, picada de agulha. Acesse o site do Ministério da Saúde para conferir o calendário de vacinação.
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Fonte: Mulher