O comando do 4º Batalhão de Polícia Militar do interior, em Bauru, divulgou nota em que diz que foi necessária “força física moderada” em caso que virou polêmica por acusação de agressões e excessos durante ocorrência de perturbação de sossego em uma república de estudantes em Bauru. Segundo a nota, a PM fez um disparo de bala de borracha.
Ainda de acordo com a nota oficial, a confusão começou porque estudantes recusaram-se a baixar o som, desacataram policiais e um deles teria jogado um copo de cerveja contra um dos agentes que atendia ocorrência.
Segundo a polícia, o estudante teria recebido voz de prisão e resistido. A nota diz que o aluno ofendeu e entrou em luta com o PM e acusa outros estudantes de participar da agressão.
“Com a chegada de outras viaturas foi necessário o uso de força física moderada, para conter os estudantes, que estavam em luta corporal com os policiais militares, sendo que em determinado momento, um dos discentes segurou e tentou retirar a espingarda calibre 12, carregada com munição de elastômero (bala de borracha) que estava com um dos milicianos, o qual diante do iminente risco de ser retirada a arma de sua posse, efetuou um disparo, que veio a atingir a canela de um dos educandos.”
Os alunos negam as agressões, dizem que a música foi cortada assim que a PM pediu e que os policiais agrediram e invadiram a casa sem justificativa.
Um vídeo divulgado pelos estudantes tem imagens ruins, que dificultam visualização de detalhes da ação, mas mostram os sons de disparos, gritos de alunas e indicam que não havia música na casa quando houve a invasão.
Veja o vídeo dos alunos e logo abaixo a íntegra da nota divulgada pela PM
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“Ocorrência Policial
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Em atenção à solicitação de demanda feita, referente à ocorrência de atendimento de Perturbação de Sossego, segue algumas informações pertinentes.
Informo que na data de 15 de maio de 2016, por volta das 23h00, houve a solicitação, via COPOM, para atendimento de ocorrência de perturbação de sossego público, na Rua Nicolau de Assis 5-37, Jardim Panorama, na cidade de Bauru/SP, cujo solicitante queixava-se de som alto na residência.
Foi deslocada uma viatura para o atendimento da ocorrência. No local a guarnição constatou tratar-se de uma república estudantil, onde estaria ocorrendo uma festa com cerca de 50(cinquenta) pessoas, e que o som encontrava-se alto. Um dos policiais militares solicitou a um dos estudantes para que abaixasse o som e se identificasse, o qual respondeu que não iria abaixar o som e nem se identificar.
Em ato contínuo, o policial militar disse ao referido estudante para que se identificasse, caso contrário seria conduzido à delegacia de polícia, sendo que o discente começou a ofender o PM chamando-o de “facista”, e jogou cerveja no policial militar, que proferiu voz de prisão em flagrante delito ao universitário, que se negou a acatar a ordem legal e resistiu a prisão, vindo a agredir o PM, ocasionando a queda de ambos ao chão, oportunidade em que várias pessoas, que estavam na festa, partiram em direção ao miliciano, a fim de agredi-lo e impedir a ação policial.
Com a chegada de outras viaturas foi necessário o uso de força física moderada, para conter os estudantes, que estavam em luta corporal com os policiais militares, sendo que em determinado momento, um dos discentes segurou e tentou retirar a espingarda calibre 12, carregada com munição de elastômero (bala de borracha) que estava com um dos milicianos, o qual diante do iminente risco de ser retirada a arma de sua posse, efetuou um disparo, que veio a atingir a canela de um dos educandos.
Considerando a situação, 04 (quatro) estudantes foram presos e conduzidos à Central de Polícia Judiciária, onde foi lavrado o Boletim de Ocorrência de natureza Desacato, Desobediência, Resistência e Perturbação do Sossego Público.
Foi instaurado Inquérito Policial Militar para apuração dos fatos.
Quartel em Bauru, 17 de maio de 2016.
FLÁVIO JUN KITAZUME
Tenente Coronel PM – Comandante do 4° BPM/I”
