O Ministério Público e a Polícia Civil do Rio de Janeiro estão investigando amigos do miliciano Adriano da Nóbrega , o capitão Adriano. O objetivo é descobrir quem ajudou o chefe da milícia de Rio das Pedras a ocultar seu patrimônio. Adriano da Nóbrega morreu em uma operação policial em fevereiro deste ano, na Bahia.
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Adriano da Nóbrega estava foragido da justiça desde janeiro de 2019. Além de ser procurado por chefiar a milícia de Rio das Pedras , ele também era suspeito de participar do esquema de “rachadinha” no gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro , atualmente senador, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo , há indícios de que a “rede de amigos” do capitão Adriano inclua políticos, magistrados, agentes públicos e empresários. Ainda segundo o jornal, as investigações apontam que essa mesma rede foi responsável por garantir a fuga do miliciano para a Bahia.
Estas pessoas são apontadas ainda como sócios ocultos da milícia . A Polícia Civil e o Ministério Público, no entanto, ainda precisam identificar quem estava envolvido no esquema.
Além do Rio de Janeiro, o Estadão aponta que há investigações acontecendo em Sergipe, Tocantins e Bahia. As suspeitas são de crimes de organização criminosa, peculato, lavagem de dinheiro e obstrução de justiça.
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Adriano da Nóbrega foi capitão do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais), da Polícia Militar do Rio de Janeiro. Sua mãe e sua ex-mulher trabalharam como assessoras no gabinete de Flávio Bolsonaro na Alerj. Ele também trabalhou com Fabrício Queiroz, apontado como peça fundamental no esquema de ‘rachadinha’, no 18º Batalhão da Polícia Militar do Rio.