A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, depôs nesta quarta sobre denúncias de assédio moral e sexual contra o ex-ministro Silvio Almeida. Contudo, o depoimento, que terminou no fim da manhã, seguirá sigiloso, segundo a assessoria da ministra.
O inquérito tramita a partir de autorização do ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), no dia 17 de setembro, mas com base em apuração preliminar da Polícia Federal.
Ao abrir a investigação, Mendonça entendeu que o caso devia tramitar na Corte porque as acusações ocorreram quando Almeida estava no cargo de ministro.
Vítimas
As denúncias contra o ministro Silvio Almeida tornaram-se públicas pelo portal de notícias Metrópoles no dia 5 de setembro. Depois, a organização Me Too, que atua na proteção de mulheres vítimas de violência, confirmou.
Sem revelar nomes ou outros detalhes, a entidade afirmou que atendeu mulheres que asseguram ter sido assediadas sexualmente pelo ex-ministro. De acordo com as acusações, a ministra Anielle Franco estaria entre as assediadas.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva demitiu Silvio Almeida após as denúncias.
Defesa
Em nota divulgada após a divulgação das acusações, Silvio Almeida disse repudiar “com absoluta veemência” as acusações. Tratou o caso como “mentiras” e “ilações absurdas” com o objetivo de prejudicá-lo.
No comunicado, o ministro avaliou que “toda e qualquer denúncia deve ter materialidade” e se declarou triste com toda a situação.
*com informações da Agência Brasil