A Secretaria de Segurança Pública do Estado confirmou sexta-feira (29) que na fuga em massa ocorrida no CPP (Centro de Progressão Penitenciária) de Jardinópolis (300 Km de Marília) 470 detentos escaparam. Até a tarde de sexta 338 haviam sido capturados, restando nas rua 132 detentos.
Os detentos fugiram após um motim, às 9h de quinta-feira (29), ao atearem fogo na oficina da marcenaria. O motivo seria a proibição das visitas e também revistas mais rigorosas para evitar a entrada de drogas e celulares.
Desde então, policiais militares iniciaram uma caçada em lavouras de cana-de-açúcar, matas e no rio Pardo, que fica na divisa com a cidade de Ribeirão Preto.
A secretaria informou que os presos que fugiram perderão o direito ao regime semiaberto, regredindo ao fechado.
Superlotado, o local abrigava 1.861 detentos no regime semiaberto, para uma capacidade de apenas 1.080. Dos 1.861 presos, 1.602 trabalhavam dentro e fora do presídio.
Duas mortes são investigadas –o corpo de um preso, cujo nome não foi revelado, foi achado carbonizado num canavial, enquanto um pescador relatou à polícia que outro detento teria se afogado ao tentar fugir no rio.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública, não havia motivo para o motim, “salvo o descontentamento com a revista rotineira que foi realizada, cujo objetivo é a apreensão de celulares, drogas e outros objetos proibidos”.