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Artesp atrasa e descarta superlotação de ônibus denunciada na região

Artesp atrasa e descarta superlotação de ônibus denunciada na região

Esqueça os vídeos sobre atrasos, panes e confusões. Esqueça as várias polêmicas nas redes sociais. Com meses de atraso, a Artesp, agência reguladora de transportes no Estado de São Paulo concluiu que não existe a superlotação de ônibus entre Vera Cruz e Marília denunciada por estudantes e trabalhadores.

A agência respondeu agora, em final de setembro, a uma queixa encaminhada em maio deste ano. A previsão legal de resposta seria em até 60 dias – 22 de julho – mas os fiscais só teriam realizado a vistoria em 7 de agosto. E mesmo o resultado ficou parado até esta semana.

A usuária responsável pela queixa disse ao Giro Marília estar indignada com a demora e o absurdo das conclusões. “Já tivemos até uma situação de discussão com fiscal que não tomava medidas de cara com o problema”, disse a usuária.

Segundo a estudante, o transporte entre as cidades envolve alguns períodos de pico com repetidos casos de Ônibus lotados, número de passageiros em pé maior que o permitido, e problemas com panes em ônibus.

Diferentes alunos divulgaram vídeos, fotos e comentários em redes sociais sobre os casos. Oficialmente a Artesp diz que no dia 7 de agosto, entre 12h e 13h, 11 ônibus foram fiscalizados e nenhum deles apresentou qualquer problema.

As queixas de estudantes e trabalhadores circulam em redes sociais pelo menos desde 2015. Os relatos incluem fotos, peças que caem durante a viagem, pneus furados, motores parados.

Segundo a estudante responsável pela queixa na ouvidoria, os usuários estão discutindo novas medidas, como levar o caso ao Ministério Público e denunciar também falhas de fiscalização no setor.

A Turismar, empresa responsável pelo serviço, diz que as queixas são pontuais e que a empresa oferece veículos extras nos horários de pico e ainda enfrenta problemas de viagens de volta com carros vazios e alto custo de manutenção. A empresa também aponta pressão de empresas maiores interessadas em cortar linhas de companhia menores e assumir linhas regionais, sem nenhuma garantia de qualidade.