As ofensas de cunho racial e ataque a canivetadas contra o professor Juarez Xavier, da Unesp de Bauru, ganharam repercussão nacional e provocaram enxurrada de manifestações, incluindo importantes lideranças de defesa dos direitos humanos, como o vereador de SP e ex-senador Eduardo Suplicy.
Juarez, que divulgou o caso em suas redes sociais, foi chamado de ‘macaco’ e na reação acabou atingido por golpes de canivete (veja mais aqui).
O caso chegou a grandes meios de comunicação, como o jornal O Estado de São Paulo e G1, além da repercussão em redes sociais.
Suplicy, que foi secretário de Direitos Humanos na capital, disse ao Giro Marília que condena a agressão, espera apuração do caso e manifestou solidariedade ao professor.
O ex-senador afirmou que a agressão acompanha um clima de animosidade e ódio no país, uma condição que precisa ser desfeita.
“Infelizmente vivemos um clima de incentivo ao ódio, quando precisamos muito mais de respeito e de amor às pessoas. Isso é muito mais importante”, disse Suplicy.
Eu sua manifestação ao Giro e em uma postagem em redes sociais, Suplicy disse que o lema da bandeira – Ordem e Progresso – foi retirado de um princípio maior que indicava Amor, Ordem e Progresso.
“Vamos acrescentar “Amor” à “Ordem e Progresso” em nossa bandeira.”
A Unesp divulgou uma nota oficial em que repudia os atos racistas contra o professor. “A resposta do docente, que também prestou queixa na delegacia, foi a esperada de cidadãos defensores da diversidade frente a ações de intolerância que não podem ser aceitas em ambientes democráticos e sociedades plurais”, diz a nota.
A Unesp divulgou ainda que atos racistas, neste Dia da Consciência Negra, só reforçam a necessidade de dar sequência à luta contra a discriminação racial, os preconceitos, de qualquer natureza, e especialmente contra a desigualdade abissal que marca historicamente a população negra no Brasil.