Em meio a uma onda de protestos que esparrama confrontos e imagens de agressões policiais na capital do Estado, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, determinou hoje (3) a realização de uma audiência pública para discutir o projeto de reorganização escolar.
A medida transfere da educação para o secretário da Casa Civil, Edson Aparecido, responsabilidade pela gestão pública da crise. A audiência acontece no Memorial da América Latina. Cada escola participante deve escolher um representante para integrar o debate. Pais e alunos também poderão participar.
Segundo informações do governo estadual, a reorganização das escolas ampliará o número de vagas de tempo integral em 30%, com 532 escolas modelo no próximo ano (39 a mais do que há este ano).
A ideia é abrir 3.000 salas desocupadas. Com a medida também serão ampliadas as escolas de ciclo único com desempenho superior às unidades com mais ciclos.
Para este processo pelo menos 94 escolas serão fechadas e alunos das 754 escolas atingidas devem mudar de local de ensino. A medida provocou reação de estudantes e movimentos ligados à educação, com ocupação de pelo menos 190 escolas em todo o Estado.