Pouco depois de localizar roupas em meio aos escombros do edifício que desabou em São Paulo, o Corpo de Bombeiros confirmou o encontro de um corpo no local, em área próxima ao ponto em que teria caído o morador Ricardo Pinheiro.
A busca revelou parte da perna de uma pessoa. O resto do corpo ainda estava sobre os escombros quando a localização foi divulgada. O local de soterramento da vítima foi apontado ainda na quinta por cães farejadores. Foram 22 horas de trabalho para a confirmação.
As buscas são feitas na área ao lado de uma igreja vizinha do prédio. O trabalho envolve movimentação de material instável em pontos que atingem até 15 metros de escombros. O trabalho é feito com auxílio de máquinas.
Além de Ricardo, que caiu durante o resgate, pouco antes de ser socorrido por um bombeiro, as equipes de buscas identificaram outros cinco desaparecidos apontados por familiares. Há casos mais comoventes, como da moradora Selma e dois filhos gêmeos, de 9 anos. Eva Barbosa Lima, de 42 anos, e Walmir Sousa Santos, 47 anos, completam a lista dos moradores que ainda podem estar sob os escombros do prédio.
ARQUITETURA
O CAU (Conselho de Arquitetura e Urbanismo) divulgou nota em que defendeu uma Política Nacional de Recuperação dos Centros Urbanos com enfoque especial na habitação de interesse social.
“A ocupação dos imóveis abandonados nas áreas centrais de nossas cidades é resultado da omissão do Estado, que não priorizou esses espaços para cobrir o crescente déficit habitacional, optando por programas nas periferias urbanas, que afastaram a população trabalhadora da proximidade de seus empregos”, diz a nota.