Nos séculos XVI e XVII a humildade e a simplicidade dos pastores, a fragilidade dos passarinhos, de temas e danças populares, evocavam o nascimento de Jesus. A exaltação da pureza e da paz em uma festa das crianças brotava das flautas e das cantigas pastoris. O simbolismo completava-se na montagem dos presépios domésticos. Logo as músicas e canções das festas católicas alcançaram outras terras. Vale a pena ouvi-las com mais atenção.
A verdade está na mesa
O lirismo pastoril de Natal contrasta com a violência em nosso meio rural. O relatório da Comissão Camponesa da Verdade aponta graves violações aos direitos de lideranças, militantes e comunidades rurais entre 1946 e 1988. A CCV surgiu há dois anos para combater a impunidade no campo e valorizar a memória da luta pela terra e pelos territórios ancestrais. Busca fortalecer a resistência dos camponeses frente aos abusos do Estado e do latifúndio.
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