A Justiça Federal do Paraná divulgou nesta terça-feira decisão em que o juiz Sérgio Moro condenada Nestor Cerveró, ex-diretor da área Internacional da Petrobras, a cinco anos de prisão por crime de lavagem de dinheiro.
A condenação já havia sido pedida pelo Ministério Público. Segundo a denúncia, Nestor Cerveró usou dinheiro de propina recebida na Petrobras para a compra de um apartamento de luxo no Rio de Janeiro, que agora pode ser vendido para recuperar parte do dinheiro. “Após a alienação, o produto da venda será revertido à vítima dos crimes antecedentes, a Petrobras”, diz um trecho do despacho do juiz.
A denúncia contra Cerveró foi apresentada em fevereiro, dois meses depois de o ex-diretor virar réu na Operação Lava Jato, identificado como integrante do esquema junto com o lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, apontado como um dos operadores do esquema.
De acordo com o MPF, Fernando Baiano e Nestor Cerveró são suspeitos de receber US$ 40 milhões de propina nos anos de 2006 e 2007 para intermediar a contratação de navios-sonda para a perfuração de águas profundas na África e no México. Fernando Baiano era representante de Nestor Cerveró no esquema, ainda segundo a denúncia.
O ex-diretor Cerveró foi preso em janeiro ao desembarcar no Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), no Rio de Janeiro. Desde então, está detido na carceragem da superintendência da Polícia Federal (PF), em Curitiba.