Ciclista de Pompéia relata encontros e desafios no Caminho da Fé

Ciclista de Pompéia, relata encontros e desafios no Caminho da Fé
Jackson Tamura, ciclista de Pompéia, relata encontros e desafios no Caminho da Fé | Arquivo Pessoal

Ciclista natural de Pompéia, Jackson Tamura, 52 anos, vai passar dias por trilhas em encontros e desafios no Caminho da Fé, até Aparecida do Norte.

É um roteio que começa em Ourinhos, onde ele vive com a família, até os ramais oficiais do Caminho. A cada ano desde 2015, além das ampliações do roteiro, Jackson busca caminhos diferentes.

Todos eles levam à Basílica e, mais que isso, a encontros e reencontros com pessoas e lugares. Cada ano tem um desafio diferente.

“O Caminho da fé para mim é uma motivação espiritual muito forte e também esportiva”, conta Jackson, que compartilha experiências em sua conta do Facebook.

Servidor público, ele é também um paroquiano dedicado. Frequenta cm a Família a igreja de São Pio X, em Ourinhos. Tanto ele quanto a esposa têm famílias católicas.

Encontros e reencontros

E embora a motivação seja a fé e ele tenha muita alegria em chegar, já não é só por estar em Aparecida.

“O melhor do caminho não é chegar. O melhor do caminho são as pessoas que Deus, que Nossa Senhora, colocam no caminho. A gente conhece muitas histórias, muitas pessoas diferentes, muitas motivações diferentes.”

Alguns são repetidos. Há pousadas da trilha em que ele repete o trajeto por ter criado amizades fortes, apesar da distância. O envolvimento com as pessoas impacta.

Desafios no caminho

“Tem um rapaz de Cuiabá que comenta bastante, reage ás fotos e eu nunca vi, nem apertei a mão dele. Tem amigo sedentário que eu brinco com ele, é uma das pessoas que mais me incentiva. E é também um caminho de autoconhecimento.“

Neste ano começou o ramal na cidade de Boa Esperança do Sul, que integra o roteiro com saída de Rio Preto. Estava há aproximadamente 600km do destino. Decidiu fazer um acesso a mais, foi a Guaxupé e voltou à rota, e o circuito total vai chegar a mil quilômetros.

O Caminho da Fé sai de diferentes pontos paulistas e atravessa cidades em Minas. Oferece pontos de parada, checagem suporte e também para registro da travessia. Ele é marcado em uma caderneta, com carimbos.

Dessa vez Jackson só conseguiu pegar o documento após cem quilômetros, em Descalvado. Mas tudo bem. Desde 2015 ele tem diversas com todos os pontos. E ainda assim a dificuldade às vezes surpreende.

“O Caminho é assim: se fizer todo ano, a cada ano você vai ter dificuldade em algum ponto diferente. Cheguei em Tambaú para Casa Branco peguei areia. Fazia muitos anos que não pegava. Estressa bastante. Pode até repetir de onde você sai, mas sempre tem alguma coisa diferente.”

Desafios à parte, é um roteiro que muda e ganha atrações. “Sempre aparecem novas capelinhas. Algumas delas são casos em que as pessoas fazem em forma de vaquinha, ou donos de propriedades. Tem lugar com um terço gigante, tem ponto com balanço, que chamam de Janela do Céu. Mas a novidade são as pessoas diferentes.”