Cinco dias depois do ciberataque que atingiu dezenas de países e pelo menos cinco grandes órgãos públicos no Brasil, a regional do Ministério Público em Sâo José do Rio Preto ainda enfrenta problemas com acesso a arquivos, perda de dados e uso da rede de informações do órgão.
O ataque afetou os HD, disco rígido instalado em computadores para armazenar os dados. O Giro Marília apurou que o MP mantém cópias de segurança, o que impede a perda dos documentos.
Mas os ataques inviabilizam o uso dos equipamentos, deixam os serviços fora da rede e provocam atraso no trabalho, que pode afetar investigações e outras atividades do órgão. O atendimento estaria focado agora nos casos de urgências.
O comando do MP enviou para Rio Preto equipe de especialistas em tecnologia de informação e manutenção das redes para tentar recuperar equipamentos e arquivos.
O ataque aconteceu na sexta-feira, dia 12, e chegou a tirar do ar o Tribunal de Justiça, os serviços do MP em todo o Estado e alguns serviços de delegacias de polícia civil. Afetou ainda órgãos como INSS e Petrobras.
Em nota emitida no dia dos ataques, o MP informou que “a celeridade na identificação do possível contágio nos computadores do Ministério Público de São Paulo, por parte da equipe do Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação (CTIC), proporcionou a defesa do sistema, isolando o ataque para poucos computadores, que serão substituídos, e evitando qualquer dano no banco de dados da Instituição“.
O caso atingiu grandes empresas e serviços em todos os continentes, mostrou muita força na Europa e nos Estados Unidos, e ainda causa divergências sobre ponto de início das invasões.
Usou modelo de vírus conhecido como “ransomware”, que exige um resgate para desbloquear o acesso aos arquivos. Mas em alguns casos mesmo com pagamento as vítimas perdem os arquivos.