O Ministério da Saúde divulgou nesta quinta-feira (21) uma nova versão do documento que recomenda o uso da cloroquina para todos os casos de contaminação pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2) e como forma de prevenção contra a Covid-19 .
Na atualização, a pasta incluiu a assinatura dos secretários responsáveis pelas áreas técnicas do ministério, já que os nomes não constavam no documento divulgado ontem . Além disso, há alterações no título, com a substituição da palavra “tratamento” por “manuseio”, a retirada do trecho que dizia que o uso medicamento era autorizado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e mudanças nas referências bibliográficas.
Por meio de nota, o Ministério da Saúde disse que as alterações foram feitas para “deixar clara a participação e o envolvimento de todas as secretarias”, mas não comentou os demais trechos que tiveram alteração.
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Os secretários que assinaram o documento foram os seguintes: Mayra Isabel Correia Pinheiro (Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde), Cleusa Rodrigues da Silveira Bernardo (Atenção Especializada à Saúde), Robson Santos da Silva (Saúde Indígena), Daniela de Carvalho Ribeiro (Atenção Primária à Saúde), Vania Cristina Canuto Santos (Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde), Wanderson Kleber de Oliveira (Vigilância em Saúde) e Antônio Elcio Franco Filho (Secretário-Executivo).
O uso da cloroquina no combate à Covid-19 é uma pauta cara ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e foi o principal motivo da demissão do ex-ministro Nelson Teich na semana passada . O então chefe do Ministério da Saúde se recusou a criar um protocolo que recomendava a cloroquina para todos os pacientes com o novo coronavírus.