Um dos cometas mais importantes a passar perto da Terra neste século, vai estar visível com maior nitidez neste mês de outubro.
Com o apelido de de “Cometa do Século”, a máxima aproximação do cometa à Terra ocorrerá no domingo, (13). Segundo o pesquisador Filipe Monteiro, do Observatório Nacional (ON), a distância equivale a 70.724.459 quilômetros.
Durante o mês de agosto e até a última semana de setembro, o cometa esteve ofuscado pelo brilho do Sol, devido à baixa elongação (proximidade aparente ao Sol), o que dificultou sua observação.
Antes, na semana de 22 de setembro, ele esteve visível no céu ao amanhecer. Monteiro disse que entre os dias 7 e 11 de outubro, o cometa voltará a se aproximar muito do Sol.
Mas, após essa fase, será possível observá-lo logo após o pôr do sol.
Olho nu
De acordo com o pesquisador, ainda não é possível garantir que o cometa será visível a olho nu, pois a intensidade do brilho desses corpos celestes pode ser imprevisível. “É possível que seja necessário o uso de binóculos ou telescópios para observá-lo”, afirmou.
Observação
Para se obter melhor visão do “Cometa do Século” é essencial escolher um local longe da poluição luminosa. É preciso posicionar com vista para o horizonte leste, onde o Sol nasce, por volta das 4h30.
Monteiro informou que “talvez seja possível identificar uma mancha difusa” e a visibilidade pode ser melhor com o auxílio de instrumentos como binóculos ou câmeras”.
Na segunda metade de outubro, a observação deve acontecer logo após o pôr do sol, no horizonte oeste. Todo o Brasil poderá testemunhar a passagem do cometa C/2023 A3.
Monteiro esclareceu que “a maior dificuldade será encontrar um local com o horizonte oeste sem obstrução, pois o cometa estará baixo no céu, a uma altura de até 30 graus”, acrescentou.
Nome
O apelido “Cometa do Século” para o C/2023 A3 (Tsuchinshan-ATLAS) acompanha seu brilho, comparável ao do cometa Hale-Bopp, que atingiu magnitude semelhante em 1997.
A letra “C” indica que é um cometa não periódico, ou seja, ele se origina na Nuvem de Oort e pode passar pelo Sistema Solar apenas uma vez ou demorar milhares de anos para retornar.
A designação “2023 A3” revela que foi o terceiro objeto desse tipo descoberto na primeira quinzena de janeiro de 2023. Já o sufixo Tsuchinshan-ATLAS faz referência às instituições na sua descoberta.
Cometas são remanescentes da formação do sistema solar, compostos por poeira, rocha e tipos de gelo. Eles variam em tamanho, sendo alguns de até dezenas de quilômetros de diâmetro.
“À medida que se aproximam do Sol, os cometas aquecem e liberam gases e poeira, formando suas caudas brilhantes”, concluiu.
*com informações da Agência Brasil