Os últimos dias estão bastante agitados no “universo concurseiro”, principalmente para aqueles que pretendem ingressar no quadro de servidores da Polícia Federal (PF). Acontece que, segundo informações veiculadas pela imprensa especializada e por cursinhos preparatórios, além do concurso em pauta para os cargos de delegado e perito, que aguarda liberação de verbas do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), a corporação já se programa para realizar uma outra seleção, desta vez para as carreiras de agente e escrivão.
Assim, a Polícia Federal tem como objetivo oferecer, com início no ano de 2017, os certames concomitantes com 1.758 vagas para preenchimento em seu quadro de pessoal. Destas, 1.200 seriam para o novo concurso anunciado de escrivão e agente, com 600 vagas respectivamente, e 558 são para a seleção já em planejamento, com 491 postos para delegado e 67 para perito.
A imprensa especializada também informou que no caso de escrivão e agente, segundo responsáveis pelo setor de recursos humanos da Polícia Federal, o processo do concurso já foi enviado para o Ministério da Justiça, onde deve ser analisado antes de ser reencaminhado para o MPOG. Já o processo do concurso para delegado e perito tramita no MPOG desde meados de 2016.
Vale lembrar que, com o decreto 8.326, de 10 de outubro de 2014, o órgão não precisa mais de autorização por parte do MPOG para realizar novos concursos, necessitando apenas de um parecer do órgão sobre as condições financeiras para o preenchimento das vagas. Ainda conforme o mencionado decreto, a PF pode iniciar novo certame para seus cargos sempre que o quadro de pessoal contar com uma defasagem de pelo menos 5% dos servidores.
Para concorrer aos respectivos cargos de agente e escrivão basta possuir curso de nível superior em qualquer área de formação. Para perito, nível superior em áreas específicas e para delegado, superior em direito, com pelo menos três anos de atividade jurídica ou policial, comprovados na data da posse.
A aplicação das provas costuma ser feita em todas as capitais, exceto o exame oral, que ocorre somente em Brasília.
Um ponto importante é que a realização dos novos concursos da PF ocorre dentro de um momento de valorização das carreiras. Isso porque o presidente Michel Temer sancionou, em 15 de dezembro, a lei 13.371, que reajusta as remunerações dos cargos da corporação.
No caso de agente e escrivão, cujo salário era de R$ 9.160,20 até dezembro de 2016, já considerando o auxílio-alimentação de R$ 458, a partir deste mês de janeiro, com a nova lei, passa a ser de R$ 11.897,86 com o complemento. Além disso, as categorias contarão com mais dois reajustes, em janeiro de 2018 e janeiro de 2019, passando, respectivamente, para R$ 12.441,26 e R$ 12.980,50.
Para delegado e perito, cujos iniciais, com o complemento, eram de R$ 17.288,85 até dezembro, a partir deste mês passam a ser de R$ 22.102,37. Além disso, as carreiras também contarão com mais dois reajustes, com o salário passando para R$ 23.130,48 em janeiro de 2018 e R$ 24.150,74 em janeiro de 2019. Para todos os cargos, a jornada é de 40 horas semanais.
Seleções anteriores
Com relação aos novos concursos previstos, para agente o último concurso ocorreu em 2014, quando foram registrados 98.101 inscritos para a oferta de 600 vagas. Para escrivão, a última seleção ocorreu em 2012, com 83.619 inscritos para 350 vagas. Para perito e delegado, os últimos certames ocorreram em 2012, com 35.800 inscritos para a oferta de 100 vagas de perito e 46.633 participantes para 150 postos de delegado.Para todos os cargos, a organizadora foi o Cespe/UnB, sendo que os últimos editais estão disponíveis na internet.