A Corregedoria do Ministério Público do Estado de São Paulo instaurou nesta sexta-feira (14) um procedimento disciplinar para investigar conduta de uma promotora da região de Barretos apontada como autora de mensagem em redes sociais com ofensas e ridicularização de analistas do MP, assistentes concursados para trabalhar no suporte a promotores.
O caso foi divulgado pelo GIROMARÍLIA com exclusividade no final da tarde de ontem, quinta-feira (13). Pelo procedimento, a promotora deverá ser chamada pelo corregedor, o procurador Nelson Gonzaga de Oliveira, para confirmar se é a autora da publicação e explicar seus comentários. A publicação teve ainda o apoio – e comentários – de pelo menos 24 outros promotores.
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As ofensas teriam sido feitas em uma mensagem para um grupo fechado de promotores no Facebook. A promotora reclamava do trabalho de um assistente mas não citou nomes e usou termos como “frustrados” para definir os assessores, por não serem profissionais aprovados em concurso para atuar como promotores. “Não tem que aprovar mesmo”, disse.
A mensagem indicava ainda que os analistas “com o tempo serão um grande problema”. Apesar dos 24 apoios, a promotora conseguiu desaprovação até entre promotores. A rede teve mensagens em defesa e com elogios a muitos analistas.
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Assistente da promotoria é necessariamente um bacharel em direito aprovado em concurso. Em Marília trabalham seis profissionais. Não há números estaduais. A informação sobre a abertura do procedimento está em nota distribuída pela assessoria de comunicação do Ministério Público.
Na quinta, antes de publicar a matéria, o GIROMARÍLIA encaminhou à assessoria pedido de informações sobre o caso e uma análise formal sobre o trabalho e sobre a afirmação de que os assistentes serão um problema. A nota oficial limita-se a dizer que os assistentes são concursados.
O GIROMARILIA apurou que a promotora desativou sua página na rede social. O acompanhamento da atividade da promotora mostra uma forte atuação em segmentos de defesa do cidadão, como ações para apuração de improbidade administrativa de prefeitos, defesa dos direitos do consumidor e dos direitos difusos.
