A Corregedoria do Ministério Público do Estado iniciou em São Paulo a oitiva de depoimentos de testemunhas no caso em que uma promotora de Olímpia, na região de Barretos, é acusada de divulgar mensagem com ofensas contra analistas, advogados concursados que atuam como assistentes dos promotores.
O caso todo é mantido em rigoroso esquema de sigilo e as testemunhas evitam qualquer informação sobre o procedimento, conteúdo das perguntas e dos depoimentos. Analistas do MP de diferentes cidades, que fizeram ou confirmaram representações contra a promotora, já foram ouvidos. Não fioi divulgado número de testemunhas ouvidas.
O próximo passo da apuração deve ser a oitiva dos depoimentos de testemunhas da defesa da promotora, que pode sofrer advertência em função de sua postura no caso.
Valéria Andréa Ferreira de Lima, titular da 2ª Promotoria de Justiça em Olímpia e conhecida na cidade por sua atuação em casos de defesa do patrimônio público, acabou envolvida em um caso de repercussão estadual acusada de enviar mensagens em rede social com ataques a uma assistente e acusações generalizadas contra todos os analistas.
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Na mensagem, que vazou de uma rede da qual participariam outros promotores, os analistas são chamados de “frustrados” por não serem promotores, “que ganham pouco e se acham muito”, além de críticas à demora na entrega de trabalhos. O texto diz ainda que as contratações vão se revelar um grande engano no futuro.
O cargo, que exige aprovação em concurso, provas de conhecimento e análise social, oferece uma carreira jurídica recente, com salário próximo de 30% do que ganha um promotor.
A Corregedoria decidiu investigar o caso depois que a mensagem vazou – “curtida” por pelo menos 23 pessoas – e provocou reações com representações oficiais e pedidos de apuração em todo o Estado. Em Marília há pelo menos seis profissionais na função, além de analistas em comarcas próximas, como Bauru e Prudente.
