Nacional

Cotado à saúde defende cloroquina e compara isolamento social ao nazismo

Cotado à saúde defende cloroquina e compara isolamento social ao nazismo


source
Cotado para o ministério da saúde não possui registro de psiquiatria, diz CMF
Reprodução
Cotado para o ministério da saúde não possui registro de psiquiatria, diz CMF

O preferido da ala ideológica do governo para assumir o ministério da saúde, o médico Ítalo Marsili criticou novamente as medidas de isolamento social, comparou-as ao nazismo e disse que Brasil deveria seguir modelo implementado na Suécia.

“No regime nazista, uma corrente científica quis provar por A + B, segundo abstrações malucas, que uma raça era superior à outra e tinha possibilidade de dominar as demais raças. Então estava autorizado o domínio, a escravidão, o extermínio porque, entre aspas, a ciência disse algo sobre superioridade genética”, declarou, em entrevista à Jovem Pan .

“Óbvio que não pode ser assim, porque existem elementos da realidade como moral, direitos humanos, valor à vida, que impedem” continuou o médico, que embora atue como psiquiatra, não possui registro a especialidade, segundo informou o Conselho Federal de Medicina (CMF).

Ítalo também mostrou que está alinhado ao discurso de Bolsonaro (sem partido) em relação à cloroquina como tratamento da Covid-19.

 “O grande problema dessa droga é aumentar o intervalo QT na eletrocardiografia, que dá para a gente monitorar. Tem pacientes mais sensíveis, alguns pacientes podem tomar cloroquina e infartar. Mas é uma pequena porcentagem que faz isso , soluções existem, mas tem que ter coragem para implementar”, finalizou.

Marsili ainda fez elogios ao modelo adotado pela Suécia e defendeu a implantação de um parecido no Brasil – a Suécia, no entanto, tem maior índice de mortes por milhão de habitantes.

“O modelo sueco não é o mais eficaz do ponto de vista epidemiológico, mas ele é mais eficaz do ponto de vista antropológico”, disse. “O modelo sueco é um modelo de coragem. Um ministro da Saúde que queira enfrentar bem a crise não pode olhar apenas para os artigos epidemiológicos e médicos. Ele tem que olhar para a vida afetiva das pessoas, para a vida financeira, para a economia. O nome disso é realidade e é a realidade que impera.”