O governador João Doria afirmou em entrevista à rádio Jovem Pan na manhã desta quarta-feira que a partir de 1º de junho o Estado terá “fases escalonadas, cuidadosas, zelosas e isso feito com o setor privado para a flexibilização” da quarentena”.
A informação indica que o decreto de quarentena, com previsão de vigor até 31 de maio, não deve ser reeditado de forma geral para o Estado. Doria disse ainda que 26% dos 645 municípios de São Paulo não têm registro de coronavírus e esta condição deve influenciar o processo de reabertura. A entrevista foi concedida poucas horas antes do pronunciamento oficial que o governador faz às segundas, quartas e sextas feiras.
REUNIÃO
Pouco depois da entrevista, o governador participou de uma coletiva no Palácio dos Bandeirantes e disse que participa nesta quinta-feira de uma reunião de governadores com o presidente Jair Bolsonaro e defendeu um encontro “de paz”.
“Fizemos uma reunião virtual com 25 dos 27 governadores. O sentimento de São Paulo e dos demais governadores é para proteger a vida, obedecer a ciência e fazermos uma reunião em paz com o presidente. Todos os governadores participarão com o espírito aberto ao diálogo, mas sobretudo à proteção de vidas.”
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“Mil pessoas mortas em um dia é uma tragédia sem tamanho. Nunca imaginei ter que conviver e anunciar mil mortes em um único dia. Não é possível que alguém com mínimo de compaixão não se sensibilize diante desse fato, não reflita diante dessa situação.
FERIADÃO
Em seu pronunciamento à tarde, o governador pediu ainda que os moradores de cidades envolvidas no feriado prolongado a partir desta quinta-feira fiquem em casa e evitem viajar. “O feriado não foi criado para viajar, não foi construído para o lazer, para festejar”, disse Doria.
O afastamento prolongado atinge especialmente a cidade de São Paulo, epicentro da epidemia. A cidade antecipou feriados e terá ainda ponto facultativo de servidores na sexta. Na segunda-feira o governador deve antecipar o feriado estadual de 9 julho.
