Em discurso de despedida na cerimônia de posse de Nelson Teich, o ex-ministro da saúde Luiz Mandetta afirmou que o mundo será dividido em “antes e depois da pandemia”. Segundo ele, todas as economias vão sofrer com a crise do novo coronavírus.
“O mundo se dividirá em antes e depois do coronavírus. Todas as economias vão sofrer, as nossas vão sofrer, e muito nos preocupa a segunda onda”, disse o ex-ministro. […] Não existe saúde sem economia”, disse Mandetta, ao se referir ao desafio de “construir um sistema que busca a equidade e a integralidade”.
Essa possibilidade, segundo ele, é fruto de um debate do G20, em que o acesso universal à Saúde se tornou um compromisso. “Como o Brasil vai sentar na mesa de negociação da nova ordem de Saúde”, questionou.
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Já Bolsonaro, declarou que o ex-ministro agiu de acordo com suas convicções. “Fez o que achava que tinha que ser feito. Dei liberdade para os ministros buscarem o melhor para o Brasil. Tenho certeza que ele sai com a consciência tranquila”, afirmou.
Nelson Teich
O médico oncologista Nelson Teich, novo ministro da saúde, afirmou durante a posse que fará um trabalho de parceria com estados e municípios para conter o novo coronavírus.
“Trabalhando com estados e municípios, que consiga ter agilidade na solução de problemas que estão surgindo. Você tem que analisar todo dia o que está acontecendo, fazer planejamento e executar.”
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Teich disse ainda que espera contar com outras áreas para aprimorar o combate ao Covid-19. “Tem que acompanhar também os indicadores sociais. Se tiver mais desemprego, pessoas que vão perder o plano de saúde, isso vai impactar o SUS. [Vamos buscar a] Informação detalhada, com qualidade, bem avaliada e bem estruturada. E formação de equipe. Coisa que pretendo trazer de forma mais intensa de transição de um ministro para o outro”, completou.