A empresária Juliana Aparecida Bondioli Gradin, 40 anos, faleceu há uma semana em São Carlos 21 dias depois de uma cesareana em que nasceu sua segunda filha, Alice, e a família acusa erro médico no procedimento como causa da morte.
Juliana reclamava de fortes dores no abdome após a cirurgia e passou por consultas médicas sem nenhuma nova intervenção. Segundo a denúncia da família, uma médica teria indicado que o problema era psicológico.
Mas um laudo pericial divulgado na cidade teria indicado presença de um grampo cirúrgico parcialmente enferrujado que perfurou o abdome da mulher. O caso ainda está em investigação pela polícia.
A morte provocou comoção na cidsade. A filha mais velha, Gabriele, divulgou um longo e emocionando texto na internet sobre os últimos dias da mãe. Relata momentos de dor e repetidas consultas médicas em que Juliana recebia soro e analgésicos.
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Segundo o relato, na madrugada de quarta-feira ele foi de ambulância até à Unimed da cidade, onde foi feito quase todo o atendimento. Soro e remédios para a dor. Teve alta. Seguiu para a maternidade para uma consulta com o obstetra que auxiliou no parto. Mais soro e remédios. Juliana conseguiu comer, saiu às 16h
“Já na casa da minha tia, que a auxiliava no cuidado da bebê nesses dias de dor, minha mãe suava e, sentada no sofá, o apertava em um reflexo da dor. Eu e muitas outras pessoas a perguntamos se queria ir ao pronto-socorro e a resposta foi não. A fé na eficiência do pronto atendimento da UNIMED já havia se reduzido a pó. Aguardávamos uma consulta com um gastro agendada para o dia seguinte.”
Não deu tempo. Juliana morreu na manhã da quinta, antes da consulta ao novo especialista. “Quando deixaremos de dar mais valor aos PROTOCOLOS e passaremos a ter sede pela investigação?” questionou a filha.
Será realizada uma missa de sétimo dia nesta quinta-feira, a partir de 19h30 na igreja São José na Vila Monteiro.
