Uma blitz surpresa, 200 escolas visitas, o Estado mais rico do país e situações de caos com riscos e mais absoluta falta de consideração pelos alunos. É este um resumo rápido do que mostrou a visita surpresa organizada pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado) para investigar condições da produção, armazenamento e entrega da merenda escolar a alunos de 180 cidades no Estado, incluindo Marília.
Em alguns dos poucos casos revelados o TCE mostrou que os fiscais acharam pombos em área de estoque e preparo de alimentos, escorpiões junto a material da merenda, uma área de inspeção – com vazamento – de esgoto ao lado de refeitório e alimentos vencidos, inclusive em escolas próximas a Marília.
Durante cinco horas, das 8h às 13h, as equipes do TCE checaram ‘in loco’ a forma como a merenda é oferecida em 114 (cento e catorze) escolas da rede municipal, 55 (cinquenta e cinco) unidades estaduais e 31 (trinta e quatro) escolas técnicas e profissionalizantes.
Munidos de tablets e equipamentos conectados à rede de informática do TCE, os agentes de fiscalização chegaram aos locais em veículos não identificados, conversaram com os alunos, checaram cada estabelecimento, desde a recepção dos produtos, armazém de estocagem e áreas de refeição. A fiscalização também acompanhou a entrega e o preparo dos alimentos.
Foram verificadas a quantidade e regularidade da merenda oferecida a cada aluno e a situação das refeições e lanches. Os fiscais observaram ainda as condições de limpeza e a segurança da cozinha e refeitório, e o estoque de produtos nas escolas.
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Todas as informações – fotos, dados, situações de irregularidade -, foram transmitidas diretamente para os Departamentos de Informática e Fiscalização do Tribunal de Contas.
As ações e sua evolução foram acompanhadas simultaneamente – com atualizações a cada 30 (trinta) minutos, por meio de um ‘videowall’ -, pelo Presidente, Conselheiros e Diretores de fiscalização do órgão.
O próximo passo será a consolidação dos dados em relatório gerencial a ser distribuído para os membros do colegiado e relatores de processos ligados aos municípios e entes fiscalizados, ou seja, os conselheiros que vão emitir parecer sobre as escolas.
A partir deste relatório, segundo a Corte de Contas, será possível traçar um quadro da qualidade da merenda oferecida na rede pública municipal e estadual.
