A Fundação Florestal do Estado de São Paulo abre nova contratação para manejo e abate de até 380 javalis nas áreas de cinco unidades de conservação. Prevê custo de até R$ 1.115.866,67 pelo procedimento.
A licitação estabelece prazo até 25 de março para apresentação das propostas. Prevê seis etapas de execução do contrato que começam com apresentação de documentos.
O contrato deve durar até 18 meses. O edital com todos os detalhes técnicos está no site do painel de compras do governo – https://pncp.gov.br
A justificativa segue a mesma do primeiro processo – que acabou frustrado por impasse técnico -. É uma espécie exótica, invasora, sem predadores e com superpopulação. Além disso, tem histórico de danos ambientais, em lavouras e até rebanhos.
Os relatos incluem doenças transmissíveis a outros animais – silvestres ou domésticos – e riscos para seres humanos.
Procedimento em até seis etapas
Vencedores da licitação devem apresentar autorização de manejo pelo Ibama e inscrição no Cadastro Técnico Federal.
Depois precisa fazer todo o levantamento e monitoramento de campo para identificar detalhes da presença de javalis em cada unidade.
O plano de ação deve prever instalação de armadilhas fotográficas de registro da presença dos animais.
Depois será instalação das armadilhas e cevagem com base no mapeamento e plano de ação. Segue para fase de captura, abate e destinação final de carcaça.
O abate só poderá ser realizado com a utilização de arma de fogo ou eutanásia com a utilização de métodos químicos (anestésicos).
“As técnicas de abate não devem implicar em maus tratos, e deve ocorrer sem causar estresse e afugentamento da espécie alvo”, prevê o edital.
Controle e abate de 380 javalis
O maior volume de abates será no Parque de Ilhabela: 200 animais. O edital indica três estações que terão abata de 50 animais cada: Barreiro Rico, Angatuba e Santa Bárbara. E abate de 30 animais na Estação de Itirapina.
“Não são recomendáveis a manipulação e o consumo da carne dos javalis abatidos devido a doenças que podem ser transmitidas por estes suínos asselvajados”, diz o documento.
A indicação é enterramento imediato dos animais para evitar disseminação de patógenos e, de preferência, no local mais próximo possível do local de abate.
Mas há regras, como distância de Áreas de Preservação e até medidas de covas. O contrato termina com apresentação de relatório com fotos.