A Fundação Florestal do Estado contrata serviços de controle para javalis e javaporcos em cinco unidades de conservação paulistas com previsão de captura e abate.
A captura dos animais deve usar armadilhas de redes ou cercados, nos quais coloca-se a ceva de milho, alimento para atraí-los. Depois da capptura, haverá abate e destinação da carcaça
Quem vencer a concorrência terá de apresentar um plano de ação que Fundação Florestal precisa validar
Deve indicar levantamento sobre a presença dos animais nas unidades de conservação e a instalação de armadilhas, a captura e o abate.
A captura de javalis e javaporcos
As técnicas não podem provocar maus tratos e devem ocorrer sem causar estresse e afugentamento da espécie. A estimativa é abater até 50 animais nas Estações Ecológicas de Barreiro Rico, Angatuba e Santa Bárbara.
Prevê 30 na Estação Ecológica de Itirapina e 200 no Parque Estadual de Ilhabela, totalizando até 380 animais.
Segundo comunicado oficial, é espécie exótica e invasora em locais com superpopulação, prejuízos à biodiversidade e pode até ameaçar os frequentadores.
A contratação envolve as Estações Ecológicas de Angatuba, Barreiro Rico, Itirapina e Santa Bárbara e o Parque Estadual de Ilhabela.
O valor proposto na concorrência é de R$ 1,11 milhão, com recebimento de propostas até o próximo dia 23, quando haverá a abertura dos envelopes, às 9h. O edital completo está em www.gov.br/compras.
Espécie exótica
O javali-europeu (Sus scrofa) chegou ao Brasil por introdução humana e acabou se disseminando por não ter predador natural. Na Europa, ursos, principalmente, se alimentam da espécie.
O cruzamento do javali com o porco deu origem ao javaporco, que é ainda maior e mais destrutivo. Esses animais também têm rápida reprodução, o que fez com que se espalhassem por diversas regiões do país.
O comunicado diz também que costumam consumir diversas espécies vegetais, atacando as florestas e plantações.
Além disso, causam danos em nascentes pelos hábitos de cavar, revirar o solo em busca de alimento, chafurdar na lama e se refrescar nos cursos d’água. Atacam também animais invertebrados e vertebrados, prejudicando a biodiversidade.
Ainda de acordo com oi Estado, a União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN) categoriza a espécie Sus scrofa como uma das cem piores espécies exóticas.