Pregão frustrado

Estado revoga contratação para abate de javalis e javaporcos; fará novo edital

Estado revoga contratação para abate de javalis e fará novo edital
Registros de javalis/javaporcos nas Estações Ecológicas: Estado revoga contratação para abate

São Paulo - Portaria da Fundação Florestal, do Governo do Estado, revoga a contratação de captura e abate de javalis e javaporcos. A publicação anuncia novo edital para a medida.

Quesitos técnicos foram as causas para a frustração da licitação, diz a decisão.

O pregão para contratar os serviços saiu em novembro e deveria avançar em dezembro com as fases de licitação. Mas faltaram empresas na disputa.

Uma portaria neste mês de janeiro anuncia que a Fundação Florestal revogou o pregão que deveria atender cinco unidades de conservação no Estado.

A decisão aponta a “necessidade de ajuste dos critérios de Qualificação Técnica previstos no Edital e seus anexos para melhor análise “.

A portaria ainda aponta foco “na exigência contida no item 8.26”, além de critérios de Qualificação Técnica e no modo de disputa.

O item 8.26 estabelecia necessidade Equipes com profissionais qualificados, com formação acadêmica compatível e experiência nas atividades, mais especificamente, o manejo de animais silvestres.

Incluía a previsão de profissionais com graduação em medicina veterinária, ciências biológicas ou ecologia, com experiência prévia.

Captura e abate de javalis

O edital do pregão apontou necessidade de abater até 380 animais, com diferentes blocos por regiões.

Estado revoga contratação para abate de javalis e fará novo edital
Estado revoga contratação para abate para javalis e fará novo edital

As Estações Ecológicas de Barreiro Rico, Angatuba e Santa Bárbara deveriam ter pelo menos 50 abates em cada uma.

Haveria ainda 30 capturas e abates na Estação Ecológica de Itirapina e 200 no Parque Estadual de Ilhabela.

O pregão previa técnicas que evitem condições de maus-tratos e estabelece regras para as capturas dos animais.

O javali-europeu (Sus scrofa) chegou ao Brasil por introdução humana e acabou se disseminando por não ter predador natural. O cruzamento com porcos deu origem ao javaporco, que é ainda maior e mais destrutivo.

As duas espécies danificam lavouras, áreas de preservação, criam risco a rebanhos e animais, biodiversidade e seres humanos.