Cinco ex-assessores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) são investigados pelo Ministério Público do Rio de Janeiro sob a suspeita de serem funcionários “fantasmas”. Enquanto integraram o gabinete do então deputado, o grupo recebeu R$165 mil somente em auxílios. Os dados foram obtidos por meio da quebra de sigilio contra o senador, e ex-deputado estadual, Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) no caso das ‘ rachadinhas ‘. As informações são do jornal Estadão .
Há supostos indícios de que a prática se trata de ‘rachadinha’. Em dois casos, os únicos valores que permaneciam na conta dos envolvidos eram equivalentes aos benefícios.
O cruzamento de dados mostrou que em dois casos, de Pessoa e Rabello, mantiveram nas contas valores muito idênticos aos recebidos por meio de benefícios. O restante depositado pela Câmara era prontamente sacado nos caixas eletrônicos
Pessoa era o ‘homem de confiança’ da família e permaneceu com Jair de 2009 a 2014. Recebia 24% de todo seu vencimento em auxílio e sacava 77% do total que recebia como salário.
Já Rabello, recebia 27% das verbas em auxílio e benefícios. No total, 70% dos seus rendimentos foram sacados em caixas eletrônicos. O ex-servidor foi funcionário de Jair de 2005 até 2011, voltou em 2017 e permaneceu até 2018.
De acordo com informações fornecidas pela Câmara dos Deputados, o único benefício que os cinco ex-assessores recebiam era o da alimentação. A suspeita é de que o ato supostamente práticado no gabinete de Jair Bolsonaro seja o mesmo o qual seu filho Flávio é investigado – peculato, organização criminosa, lavagem de dinheiro e apropriação indébita.