Sueli Feitosa, ex-tesoureira na prefeitura de Santa Cruz do Rio Pardo, entregou-se à polícia nesta quarta-feira para responder pelo desvio de pelo menos R$ 3,5 milhões dos cofres públicos, um escândalo descoberto no final do ano passado.
Segundo as investigações, a suspeita pegava dinheiro do caixa da prefeitura e depositava em contas pessoais. Para esconder o desvio, falsificava extratos bancários. A Polícia Civil apreendeu documentos, contratos e computadores na casa da suspeita.
A tesoureira estava foragida há 40 dias. A prisão foi negociada com o advogado Antonio Godoy Maruca, que levou Sueli ao Ministério Público, onde ela conversou com o promotor Reginaldo Garcia antes de seguir para a Polícia Civil. As informações são do jornal O Debate, de Santa Cruz.
O caso já havia provocado a prisão da mãe de Sueli, Maria da Conceição Feitosa, por obstrução da investigação, e de um cunhado da ex-tesoureira, acusado de ser beneficiário no esquema de desvios.
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Segundo informações do delegado Renato Mardegan, a ex-servidora já recebeu uma oferta de delação premiada para revelar todo o esquema de desvios e envolvidos no crime. Quando o caso foi revelado, em 23 de dezembro, o prefeito da cidade, Otacílio Parra, disse que os responsáveis “deveriam se matar”.
Sueli Feitosa vai passar a tarde depondo na Delegacia de Polícia de Santa Cruz do Rio Pardo. No final da tarde, ela deverá ser encaminhada para o presídio feminino de Pirajuí-SP.
A Justiça determinou o sequestro dos bens da ex-tesoureira. Sete imóveis, sendo uma chácara e seis casas em nome de Sueli e familiares, estão bloqueados.
A polícia já ouviu no inquérito as três irmãs de Sueli, dois cunhados e a mãe dela, todos na condição de investigados. A polícia ainda aguarda a decisão da Justiça sobre os pedidos de quebra de sigilos bancário, fiscal e telefônico de Sueli Feitosa.
