A Galleria Borghese , em Roma, abre suas portas para a primeira exposição dedicada a uma artista mulher contemporânea, com a mostra “Louise Bourgeois: Unconscious Memories”. Em exibição de 21 de junho a 15 de setembro, esta é a primeira vez que a renomada artista franco-americana tem suas obras exibidas na capital italiana.
Concebida por Cloé Perrone, com curadoria de Geraldine Leardi e Philip Larratt-Smith, a exposição é uma colaboração com a The Easton Foundation e a Academy of France – Villa Medici. A mostra foca na contribuição de Bourgeois para a escultura, explorando a interseção entre sua prática artística e o acervo da Galleria Borghese. Temas como metamorfose, memória, estados emocionais e psicológicos são centrais na exibição das cerca de 20 esculturas que dialogam com a arquitetura do Casino Borghese.
Entre as obras destacadas, “Janus Fleuri” reflete sobre o deus romano Janus, simbolizando começos e transições, enquanto “Topiary” explora crescimento orgânico e desenvolvimento pessoal. “Passage Dangereux”, a maior das Células de Bourgeois, encapsula a jornada da mulher. As Células, uma série de recintos contendo objetos encontrados e formas esculpidas, investigam temas como memória, desejo, arquitetura e os cinco sentidos. “Cell (The Last Climb)” apresenta uma escadaria em espiral representando os ciclos da vida, e “Spiral Woman” é exibida no Aviário. Já “Cell XX (Portrait)” investiga o retrato das emoções.
No jardim da Galleria, obras como “The Welcoming Hands” simbolizam dependência, intimidade e proteção, enquanto “Spider” representa a essência protetora e resiliente da mãe da artista. As peças “Jambes Enlacées” e “Untitled (Nº7)” exploram o relacionamento e a proteção.
A Sala dos Imperadores recebe uma série de cabeças de tecido ao lado de bustos de Césares, criando um efeito de estranhamento com esculturas feitas de fragmentos de tapeçarias. Francesca Cappelletti, diretora da Galleria Borghese, destaca: “A exposição “Louise Bourgeois: Unconscious Memories”, desde seu título, incorpora dois aspectos muito significativos da obra da artista, o inconsciente e a memória” .
A mostra conta com o apoio da FENDI, patrocinadora oficial, e inclui um catálogo e guia publicado pela Marsilio Arte. Além disso, o programa público “Esistere come Donna”, organizado por Electa, e a parceria de hospitalidade com o Hotel Eden, da Dorchester Collection, complementam a experiência cultural.
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Fonte: Nacional