Uma mobilização de moradores a partir de grupos nas redes sociais vai provocar na próxima sexta-feira, dia 15, um encontro entre autoridades e representantes da comunidade para discutir problemas de segurança em Garça, a 30km de Marília.
O encontro é resultado de debates que já vinham ocorrendo por causa do número de furtos, arrombamentos e assaltos na cidade e foi agravado por um latrocínio na tarde desta segunda-feira.
O empresário Flávio Vieira, dono da Lotérica Matriz, no centro da cidade, foi morto após recusar a entregar um malote com dinheiro. Flávio foi atingido por três tiros. Uma câmera de segraunça mostra o ataques à luz do dia, em uma calçada movimentada. O assaltanta saca a arma sem preocupação e após luta com o empresário faz os disparos.
Mas a onda de crimes tem várias histórias e vídeos de lojas e empresas arrombadas. Na madrugada desta terça-feira foi a vez de uma pizzaria ser invadida por ladrão flagrado no sistema de segurança.
Os organizadores devem encaminhar nesta terça convite para que representes da Polícia Militar, do Poder Judiciário e do Ministério Público participem do encontro.
A intenção é discutir investimentos municipais, inclusive com propostas como uma guarda municipal, e mecanismos para cobrar mais investimentos do Estado, como ampliação do efetivo, mais viaturas, delegacia aberta à noite e melhoria de rondas.
A pauta para o encontro deve ser fechada em uma reunião dos organizadores nesta terça. A discussão sobre a crise de segurança na cidade provocou a criação de dois grupos em redes sociais para tratar o tema, batizados como Garça Pede Segurança Já.
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Seis moradores, profissionais de diferentes segmentos, atuam como administradores e promovem encontros constantes para tratar do tem e analisar informações como estrutura de segurança, crimes, estatísticas e envolvimento da comunidade.
Rosemeire Marangão, profissional de marketing digital e uma das integrantes do grupo, disse ao Giro Marília que o volume de casos surpreende em uma cidade com pouco mais de 40 mil habitantes.
“Todos os dias temos dois casos de furtos, casos de arrombamentos, assaltos. As pessoas deixaram de fazer boletim de ocorrência. Então nossa estatística está lá embaixo, mas é irreal. Nós estimulamos as pessoas fazer os registros, fazer as denúncias”, disse Rosemeire.
Ela mesma foi vítima de dois arrombamentos em residência em menos de 30 dias. A cidade registra ainda casos de seguidos de arrombamentos em lojas, muita preocupação com tráfico e consumo de drogas e com índice de desemprego.
“Tivemos redução muito grande de policiais. Aí você tem as equipes de serviços administrativos, folgas, aposentados. O contingente nas ruas é muito baixo”, diz a moradora.
O encontro será realizado na Secretaria de Educação, na rua Padre Paulo de Toledo Leite, 411, a partir de 20h da sexta, dia 15.
