O governo federal investiu R$ 2,5 milhões nas sete viagens nas quais o presidente Jair Bolsonaro fez passeios de motos com apoiadores, chamados por ele de “motociatas”. As informações são do gabinete pessoal do Presidente via Lei de Acesso à Informação (LAI), em resposta a um pedido do jornal GLOBO.
Os dados são dos gastos totais das viagens de Bolsonaro, e não apenas dos passeios em si, num período de maio a agosto. Geralmente, Bolsonaro combina as “motociatas” com algum evento oficial na cidade visitada. O dinheiro gasto inclui “transporte terrestre, passagens, telefonia, diárias”. A Secretaria-Geral, a quem cabe administrar os pagamentos do cartão corporativo, foi procurada para esclarecer os custos específicos das “motociatas”, mas não retornou.
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O ministro Luiz Eduardo Ramos (Secretaria-Geral), afirmou em agosto, durante sessão na Câmara dos Deputados, que “não há recurso público nenhum” nos passeios.
“As motociatas, elas são eventos privados. São pessoas que se mobilizam. O presidente só sobe na motocicleta e vai” , discursou Ramos. “Não há recurso público nenhum. Vocês podem verificar”, completou.
Os gastos estão sendo investigados pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Confira os valores:
- Rio de Janeiro (23/05/2021): R$ 237.345,79
- Chapecó (26/06/2021): R$?477.081,15
- Porto Alegre (10/07/2021): R$ 326.741,26
- Presidente Prudente (31/07/2021): R$ 416.583,42
- Goiânia (28/08/2021): R$ 319.504,10
- Uberlândia (31/08/2021): R$ 320.865,81
- Total: R$ 2.584.503,07