Um professor de uma escola particular de Anápolis, em Goiás , gerou incômodo em pais e alunos da instituição após falar em “fuzilar” os estudantes durante uma aula on-line. Na gravação o homem teria feito uma brincadeira, mas dividiu opiniões devido ao teor do comentário. O professor foi demitido e o caso é investigado pela Polícia Civil.
“Eu peço para acompanhar a leitura, eu acabo de ler e vocês não sabem onde que é para sublinhar? O que eu faço com o 4º ano B? Trago uma metralhadora e fuzilo vocês tudo? Fazer uma chacina no Villa Galileu. Professor maluco mata só uma sala específica. A chatura é tanta que nem morrer não morre”, disse ele enquanto cobrava atenção dos estudantes, que estavam uma parte on-line e outra presencial.
Nas redes sociais, o caso ganhou repercussão e dividiu opiniões. Enquanto algumas pessoas defenderam o professor dizendo que a situação se tratava apenas de uma brincadeira, outros afirmaram que o comentário era inadequado e não deveria ser feito para crianças.
O delegado regional, Vander Coelho, disse que a Polícia Civil tomou conhecimento da situação por meio das redes sociais e de contato com a escola. As investigações devem ser feitas pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA).
De acordo com ele, tanto a instituição quanto o professor devem ser ouvidos. “De posse dessas informações, a delegada terá um panorama mais claro para tomar qualquer decisão a respeito da consequência jurídica desse fato”, afirmou à TV Anhanguera .
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Em nota, escola Villa Galileu informou que o educador nunca representou “qualquer risco à comunidade escolar”, que se desculpou pelo comportamento e foi demitido.
Confira o texto na íntegra:
“Em relação ao fato ocorrido e apresentado no vídeo circulante, a Direção do Villa Galileu solidariza-se com as famílias que sentiram-se, com razão, incomodadas e preocupadas com a atitude e teor da fala do professor em questão.
Após ouvir a defesa do professor, de comum acordo, o mesmo foi desligado do quadro docente, após deixar em vídeo, a admissão que sua fala foi profundamente reprovável e inconveniente e pedido de desculpas aos alunos, pais e colegas.
A escola convocou e realizou uma reunião ainda ontem às 19:30h, com os pais da turma em questão, para discussão do episódio e medidas a serem adotadas. É oportuno informar que o professor pertenceu aos quadros do Colégio Galileu por 4 anos (fevereiro 2014 a fevereiro 2018) antes de transferir-se para o Villa Galileu desde sua criação em 2018, não apresentando em nenhum outro momento, atos ou atitudes que sugerissem ou representassem qualquer risco à comunidade escolar”.