O governo de São Paulo anunciou nesta tarde que vai iniciar a vacinação de profissionais da saúde contra a Covid a partir de hospitais públicos e incluiu o Hospital das Clínicas, da Famema em Marília, na lista da primeiras unidades a serem atendidas. Começa nesta segunda-feira o plano logístico de distribuição para os hospitais.
“Vamos começar com HC de SP, Ribeirão Preto, Campinas, Botucatu da Unesp, Marília Famema e Hospital de Base de São José do Rio Preto e na sequência todos os hospitais públicos e privados”, disse o governador João Doria.
O anúncio foi feito em solenidade que marcou início da vacinação de profissionais da saude em São Paulo. Mônica Calazans, de 54 anos, enfermeira, negra, que trabalha na UTI do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo, recebeu na tarde deste domingo a primira dose da CoronaVac após a decisão da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para liberar o uso emergencial da vacina.
A enfemeira, além de atuar na área da saúdem, é considerada paciente do grupo de risco, ela é obesa, hipertensa e diabética. Mora em Itaquera, na zona leste da capital, e trabalha em dias alternados, em escala de 12 horas.
A Anvisa aprovou neste domingo (17) o uso emergencial da vacina e também da Oxford/Astrazeneca. Após parecer favorável do corpo técnico composto por cerca de 50 pessoas, os cinco membros da Diretoria Colegiada da agência reguladora realizaram votação.
A vacina foi aplicada em solenidade pública transmitida ao vivo pelo governo do Estado com a participação do governador João Doria e diferentes representantes do Centro de Contingência formado pelo governo.
Doria disse disse em coletiva de imprensa após a solenidade que o domingo foi o “Dia V”, uma referência a um discurso do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, que sem definir data para plano nacional de imunização disse que a vacinação começaria “no Dia D, na Hora H”.
O governador lembrou que todos os voluntários na fase de testes foram profissionais da saúde que deram exemplo e são heróis “cujo trabalho é salvar vidas”. “Que sirva de lição para os ngacionistas, para os que não têm amor, não têm paixão, que ngam a vida e se distanciam de um país que sofre.”
Doria anunciou ainda que autorizou a distribuição da vacina ao Ministério da Saúde, que requisitou as 6 milhões de dose já armazenadas pelo governo do Estado. O presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, anunciou que 4,6 milhões de doses serão enviadas para distribuição aos Estados. “Números que não foram definidos por nós, foram definidos pelo Ministério da Saúde.”