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Hospital interditado prevê reformas e demissões

Hospital interditado prevê reformas e demissões

O Hospital Psiquiátrico André Luiz, de Garça, confirmou nesta quarta-feira início de estudos para corte de funcionários e a previsão de atrasos no pagamento do 13º aos trabalhadores. O hospital enfrenta quase um mês de interdição e proibição de novas internações, atua com sobra de 39 vagas e perda diária de recursos.  

A medida pode acompanhar decisões administrativas como início do planejamento de reformas e modernização exigida para liberação do prédio, um processo lento.Segundo a diretora técnica, Eliana Boaretto, o planejamento prevê forma de cortar gastos sem comprometer demais nenhuma área de atendimento, o que pode levar a cortes de pessoal em quase todos os setores.

Segundo a diretora, os recursos para salários estão garantidos por enquanto, mas não há garantia para o 13º. Para ela, a situação está “bem difícil” com repercussão de preocupação entre os trabalhadores e pacientes.

Desde outubro o hospital está proibido pela Justiça de receber novos pacientes por falta de um atestado de vistoria do Corpo de Bombeiros. O Ministério Público sugeriu um acordo para execução das obras em seis meses. O Hospital pediu pelo menos um ano. Entre contratação e análise, só a elaboração do projeto para reforma pode consumir quase 60 dias.

“O hospital esta realizando o projeto de AVCB junto ao engenheiro. Várias reformas ja estão sendo realizadas. O projeto AVCB ficara pronto em media 30 dias. Precisa de aprovação dos bombeiros”, disse a diretora. 

O hospital já protocolou no fórum de Garça um pedido de reconsideração, mas a interdição foi mantida em decisão publicada hoje pela Justiça. A instituição tem ainda um recurso em tramitação no Tribunal de Justiça. Com previsão de julgamento dia 23.

O juiz José Augusto Franca Júnior pediu ainda uma série de informações sobre número de leitos, pacientes e vagas. O hospital trabalha com internação de pacientes psiquiátricos e dependentes químicos e é o único da região que atende meninas.

Eliana Boaretto explica que o custeio é feito com pagamento de diárias. A sobra de vagas representa 39 perdas diárias de recursos necessários em um hospital que tradicionalmente tem pacientes em espera. 

A direção do hospital participou de encontro com o prefeito de Garça, José Alcides Faneco, para discutir a situação. O prefeito disse que é preciso esperar a decisão do Tribunal antes de anunciar qualquer medida excepcional de atendimento. 

O Giro Marília tentou contato com o diretor do sindicato dos trabalhadores na Saúde, Aristeu Carriel, mas ele está em viagem e não pode ser localizado. O Sindicato deve se pronunciar sobre o caso do hospital na segunda-feira.