O secretário-executivo da pasta, Alberto Beltrame, ordenou que os funcionários do INSS envolvidos no caso, entre os quais o ex-ministro Carlos Gabas, sejam afastados de suas funções enquanto durarem as investigações.
Em nota divulgada na tarde deste sábado, a ex-presidente Dilma Rousseff negou ter recebido qualquer tratamento privilegiado e disse que uma auditoria do INSS poderá constatar que não houve nenhum tipo de irregularidade em sua aposentadoria.
Segundo a revista, no dia 1º de setembro – menos de 24 horas depois de Dilma ser afastada da Presidência por meio de um impeachment – Gabas foi atendido diretamente pelo chefe de uma agência do INSS em Brasília, para formalizar a aposentadoria da petista.
A reportagem informou que, na ocasião, foi contabilizado um tempo de contribuição previdenciária de 40 anos, nove meses e dez dias para a ex-presidente da República. Dilma se aposentou com renda mensal de R$ 5.189,82, teto do regime previdenciário.
A revista afirma ainda que não há rastro de agendamento no sistema do INSS para que Dilma fosse atendida no dia 1º de setembro ou em qualquer outra data.
O texto destaca que o tempo médio de espera para que um cidadão consiga uma data para requerer aposentadoria em uma agência da Previdência é de 74 dias, sendo que no Distrito Federal, onde o pedido de Dilma foi feito, o prazo médio na fila é de 115 dias.
No comunicado divulgado à imprensa, o Ministério do Desenvolvimento informou que todos os servidores do INSS envolvidos no episódio da aposentadoria da ex-presidente serão exonerados dos cargos de confiança que ocupavam no órgão.