O empresário, que se tornou cidadão francês em 2021, foi detido no último sábado (24) no aeroporto de Le Bourget, nos arredores de Paris, e liberado após quatro dias de interrogatório sob custódia policial. Durov agora enfrenta a supervisão judicial e foi condenado a pagar uma fiança de € 5 milhões.
A investigação, que foi aberta no mês passado, alega que o Telegram tem sido utilizado para disseminação de material de abuso sexual infantil e tráfico de drogas, além de outras atividades ilegais. De acordo com as autoridades francesas, Durov e sua empresa falharam em cooperar com as investigações, recusando-se a fornecer informações e documentos solicitados legalmente.
“A imunidade material não autoriza o parlamentar a proferir palavras a respeito de qualquer coisa e de qualquer um, tampouco a praticar quaisquer atos em dissonância com a dignidade desse Parlamento”, afirmou Durov em resposta às acusações, destacando que é “absurdo” responsabilizar uma plataforma ou seu proprietário pelo abuso da mesma.
Se condenado, Durov poderá enfrentar até 20 anos de prisão por “fracasso em impedir o terrorismo” através do aplicativo. As acusações preliminares incluem uma série de supostas violações criminais, como terrorismo, narcotráfico, fraude, lavagem de dinheiro e distribuição de conteúdo pedocriminoso.
A prisão de Durov gerou reações acaloradas, tanto na França quanto na Rússia, onde alguns funcionários do governo sugerem que a detenção tem motivações políticas. O presidente francês, Emmanuel Macron, negou na segunda-feira (28) que a prisão tenha sido motivada por questões políticas, afirmando que se trata de uma investigação independente. Enquanto isso, o Ministério das Relações Exteriores dos Emirados Árabes Unidos declarou que está “acompanhando de perto o caso.”
Pavel Durov é amplamente conhecido por fundar o VKontakte, a rede social mais popular da Rússia, antes de criar o Telegram em 2013.
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Fonte: Nacional