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Jornal "Brasil Econômico" confirma fim de versão impressa

Edicação do Brasil Econômico anuncia fim da versão impressa
Edicação do Brasil Econômico anuncia fim da versão impressa

A data está marcada. Na sexta-feira, 17, os leitores vão receber a última edição impressa do Brasil Econômico. Para ampliar as operações no meio digital, a Ejesa, grupo que controla a marca no Brasil, decidiu colocar fim na versão em papel do jornalístico.

Os motivos, expostos na capa da edição desta quarta-feira, 15, falam sobre desaceleração econômica. O texto que ocupa a lateral direita da página é assinado pela equipe, que agradece a confiança do leitor.

Quando foi lançado, em 2009, a crise no impresso já era tema de diversas pautas na mídia. À época, o negócio só foi viável no país por que a família Mascarenhas Vasconcelos, dona do veículo, tinha dupla nacionalidade.

O impresso chegou em formato berliner, que já era tendência nos principais jornais da Europa, e sob conceito “Credibilidade de quem faz. Credibilidade para que lê”. “O mundo dos negócios precisava de um novo ponto de vista”, dizia a campanha veiculada no ano do lançamento.

Passados seis anos, o mundo dos negócios foi o responsável pelo encerramento do Brasil Econômico. “O impacto gerado pela forte desaceleração econômica, combinado a uma crescente retratação nos investimentos publicitários, nos levou a esta difícil decisão. Obrigado pela confiança de cada um de vocês durante esses seis anos em que estivemos juntos”, explicou o comunicado.

O Brasil Econômico informou que vai entrar em contato com os assinantes para explicar os contratos e regularizar eventuais reposições no plano. Quem preferir ou tiver dúvidas, pode falar com a equipe pelos telefones (21) 3878-9100 (Rio de Janeiro) e 0800-0210118 (demais localidades).

O texto sobre a mudança não deixa claro como serão as operações da marca no digital. Apurações do Estadão revelam que o site do Brasil Econômico também será descontinuado.

Ainda de acordo com o jornal paulista, pelo menos 36 funcionários das redações no Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília serão demitidos. Ao levar em conta outras áreas, as dispensas vão chegar a quase 50 cortes. Os colaboradores foram avisados sobre a medida em reunião realizada na terça-feira, 14.