Jornalista acusa ministro Dias Tófolli de "golpe sem impeachment"

O blog do jornalista Luís Nassif, um dos autores mais polêmicos da cobertura política nacional, publica hoje o relato do que seria uma armação jurídica para impedir a posse da presidente Dilma Rousseff para seu segundo mandato. A suposta armação, que Nassif chama de “golpe sem impeachment” teriia a participação do presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e ex-advogado geral da União no governo Lula, José Antonio Dias Tóffoli, o primeiro advogado de Marília a tornar-se ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), e do Ministro Gilmar Mendes

Segundo o blog, os dois ministros teriam atuado para manobra que permita rejeitar as contas da presidente e impedir que ela seja diplomada presidente eleita em 18 de dezembro. Dilma estaria automaticamente fora do novo mandato. Segundo o jornalista, o golpe envolve cinco etapas, que incluiriam a participação de Tóffoli no direcionamento na redistribuição de processos para Gilmar Mendes, além de quebrar série de trâmites e métodos para encaminhamnento dos processos.

O envio dos casos para Gilmar Mendes, um ministro crítico do governo e indicado ao STF pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), provocou até um pedido do Procurador Eugênio Aragão, para impugnar a indicação de Gilmar Mendes.

“Aragão invocou o artigo 16, parágrafo 8o do Regimento Interno do TSE, que determina que, em caso de vacância do Ministro efetivo, o encaminhamento dos processos será para o Ministro substituto da mesma classe. O prazo final para a prestação de contas será em 25 de novembro, havendo tempo para a indicação do substituto – que poderá ser o próprio Neves. Logo, “carece a decisão ora impugnada do requisito de urgência”, diz o artigo de Luís Nassif. 

Ainda segundo o jornalista a reação de Gilmar foi determinar que sua assessoria examine as contas do TSE e informe as diligências já requeridas nas ações de prestação de contas. Tudo isso para dificultar o pedido de redistribuição feito por Aragão.