A juíza Cristina Escher, que condenou quatro mulheres e um homem por envolvimento na grande quadrilha que promoveu noite de terror para assaltos em Botucatu em julho de 2020, pediu afastamento do caso após sofrer série de ameaças de morte. As informações são do portal G1.
Escher é viúva do juiz-corregedor de Presidente Prudente, José Machado Dias, morto em um atentado em retaliação por sua atuação contra organizações criminosas.
A ação da quadrilha envolveu explosão em uma agência bancária, troca de tiros com policiais e terror para moradores. A polícia identificou acusados de liderar a ação e já provocou prisões, além das condenações. O caso segue em investigação.
“O trabalho continua de investigação, até porque não foi só em Botucatu que ocorreu esse tipo de crime. Tivemos em Ourinhos, Bauru e Guarulhos. Então a gente procura fazer uma ligação com todos esses crimes”, explica o delegado Lourenço Talamonte Neto em entrevista ao Portal G1.
Uma nova linha de investigação foi aberta para apurar as ameaças contra a juíza, que está recebendo segurança e escolta 24h.
As ameaças contra a juíza foram descobertas após denúncia de articulação de um ataque organizada dentro da cadeia.
Uma vistoria na penitenciária de Avaré encontrou uma carta com ameaças à magistrada. Entre outros termos, dizia que a juíza está “com alvo marcado nas costas”.
Cristina Escher pediu a transferência do caso para uma vara especializada na capital. O Tribunal de Justiça deve definir o direcionamento do caso e estudo até criar um colegiado para as medidas.
Ainda de acordo com o Portal G1, a juíza participava de lives e conferências virtuais, especialmente para discutir violência doméstica, mas já cancelou estas atividades para evitar exposição.