A Vara da Fazenda Pública de Araçatuba (150km de Marília) anulou processo de licenciamento para a instalação de um aterro sanitário para despejo de lixo que seria gerenciado pelo Centro Guatapará.
A sentença anula o licenciamento em processo que estava na com emissão de licença prévia para investimentos e aponta riscos para recursos hídricos do município inclusive com restrições definidas por legislação municipal.
Norma que regulamenta uso da área onde seria instalado o aterro prevê medidas de proteção e uso para lazer e atividades agrícolas. Além disso, impede a possibilidade de despejo de resíduos de outras cidades, o que seria uma pretensão da Guatapará no espaço.
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A empresa é controlada pelo grupo Estre e empresários ligados a ele e desde o início deste ano negocia a compra da Monte Azul, uma empresa com 25 anos de atuação e sede em Araçatuba, onde também é responsável por serviços de coleta de lixo.
A negociação já foi até aprovada pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e tornou-se pública em abril, com comunicado oficial à Bolsa de Valores, e deve envolver recursos do Boulevard Acquisition Corp II, um fundo de investimentos dos Estados Unidos.
E as relações com Marília não param aí.
A Guatapará já prestou diretamente os serviços de transbordo na gestão do ex-prefeito Mario Bulgareli, em contrato que rendeu uma ação civil pública com pedido para devolução dos recursos.
A Estre é também uma empresa que acabou envolvida em investigações da Operação Lava Jato especialmente em relação a investimentos na construção de um estaleiro.
A sentença foi assinada pelo juiz José Daniel Dinis Gonçalves no dia 20 de julho e a informação passou a circular em redes sociais nesta quarta-feira. A íntegra pode ser acessada AQUI
