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Manifestante da região é ferido em protesto em Brasília

Manifestante da região é ferido em protesto em Brasília

Yago Matheus Mancinho, de Ourinhos, é um dos manifestantes atingidos por tiros com balas de borracha durante a repressão policial aos manifestantes que participaram da marcha Ocupe Brasília nesta quarta, dia 24.

A reação policial ao avanço da marcha teve inclusive tiros com armas de fogo.  Segundo a Secretaria de Segurança do Distrito Federal, policiais que usaram estas armas foram identificados e devem responder a inquérito policial. A Secretaria diz que 3.000 policiais participaram da operação.

Atingido na cabeça, com marcas de sangue na roupa e nas mãos, Yago foi entrevistado em uma cobertura do grupo Jornalistas Livres em vídeo que já passa de 600 mil visualizações.

Antes do confronto, Yago  fez algumas transmissões de vídeo em redes sociais para mostrara a marcha, que levou quase 50 mil manifestantes – segundo dados oficiais – a cmainho do Congresso.

O protesto evoluiu para uma situação de confronto depois que a polícia montou barreiras de contenção da marcha. Yago conta no vídeo que foi um dos manifestantes a se protegerem em escudos improvisados.

“A gente estava lá na frente e a polícia começou a tacar bomba…o pessoal do escudo estava protegendo o pessoal de trás. Eu estava no escudo e tomei na cabeça. Imagina quem não está com escudo”, disse.

O manifestante, que trabalha como modelo, foi atingido e tinha o rosto coberto pelo pó deixado pelas bombas de efeito moral  atiradas contra os manifestantes. Apesar dos ferimentos, ele disse à jornalista que iria procurar uma amiga de Ourinhos antes de buscar atendimento. “Agora vou procurar minha amiga. Primeiro minha amiga, depois o médico.

Por volta das 20h Yago postou mensagem para informar que estava bem e logo retomaria contato com os amigos e a cidade.

Segundo a Agência Brasil, o protesto reuniu pelo menos 45 mil pessoas . Os confrontos e a ação de um grupo de aproximadamente 50 pessoas que atacou prédios de ministérios foram usados como justificativa para uma medida extrema: o presidente Michel temer autorizou uso das Forças Armadas na segurança. O decreto, que previa presença das forças até dia 31, foi revogado nesta quinta.

O protesto contou também com uma caravana de sindicalistas de Marília. Segundo os organizadores não houve feridos entre os representantes da cidade.